CIRURGIA DE EMERGÊNCIA EM PACIENTES COM MEGACÓLON CHAGÁSICO
OLIVAL CIRILO LUCENA DA FONSECA NETO^1,2, EDUARDA SANTA ROSA BARATA ^1,2
1. HGOF - Hospital Geral Otávio de Freitas, 2. HR - Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra, 3. HUOC - Hospital Universitário Oswaldo Cruz
olivalneto@globo.com

A doença de Chagas é endemia em Pernambuco. O acometimento gastrointestinal é frequente e a colopatia chagásica pode evoluir para complicações cirúrgicas. Descrição dos resultados da cirurgia de emergência em pacientes com colopatia chagásica. Estudo retrospectivo entre 2002 e 2017em pacientes adultos com diagnóstico prévio de colopatia chagásica operados na emergência de hospital público do Recife (HGOF, HR- SUS PE). Vinte e um pacientes, sendo 14 do sexo masculino. A idade varia de 45-72 anos. Apenas 5 não tinham cardiopatia chagásica. Em 7 encontrava-se associado com esofagopatia chagásica. O IMC variou de 19 a 22 kg/m². Fecaloma (7), volvo de sigmoide (10), câncer de cólon (1), colite isquêmica (2) e trombose arterial mesentérica (1) foram as causas do abdome agudo. Ressecção instestinal com confecção de colostomia foi o tratamento mais frequente. Reoperação ocorreu em 4 (TAM, volvo e fecaloma). Óbito por sepse abdominal e respiratória ocorreu em 2 casos. Manifestações digestivas da doença de Chagas são frequentes. A colopatia chagásica apresenta complicações que podem necessitar de cirurgia de emergência. O tratamento operatório no abdome agudo obstrutivo ou vascular em pacientes com reserva cardíaca diminuída e em desnutridos com doença de Chagas pode ter evolução desfavorável. A colopatia chagásica poderá evoluir com complicações necessitando de cirurgia de emergência aumentando a morbimortalidade desses pacientes.