ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE NO ESTADO DO CEARÁ ENTRE OS ANOS DE 2015 A 2017
MARCOS VINÍCIUS BEZERRA LOIOLA 1, IGOR JUNGERS DE CAMPOS1, ANTÔNIO ROMÉRIO LEITE DE MACÊDO1, PIERRE RAMOS COSTA NETO1, JOSÉ FRANCISCO IGOR SIQUEIRA FERREIRA1, RAFAEL LUCAS SIMÕES DOS SANTOS1, LETÍCIA BENEVIDES CAVALCANTE SOARES1, FELIPE PINHEIRO MENDES1, LUANA CARLOS DE FREITAS1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral
marcosloiolaa@gmail.com

A meningite consiste em um processo inflamatório das meninges e do líquido cefalorraquidiano, que revestem o encéfalo e a medula espinhal. Muitos são os fatores que podem levar a esse quadro, especialmente infecções bacterianas e virais. Essa enfermidade configura-se como um importante problema de Saúde Pública, devido a sua complexidade, pois pode resultar no comprometimento de importantes estruturas do sistema nervoso central, podendo causar óbitos. O objetivo desse estudo é analisar o perfil da prevalência de meningite no estado do Ceará. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo do tipo quantitativo, o qual foi realizado a partir da análise de dados disponibilizados, pelo Ministério da Saúde, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, entre os anos de 2015 e 2017, no estado do Ceará. Foram pesquisadas as variáveis sexo, faixa etária, zona de residência, evolução e critério confirmatório. Foram notificados 886 casos de meningite no Ceará nesse período, distribuídos ao longo dos 3 anos analisados, sendo 262 casos em 2015, 278 em 2016 e 346 em 2017. Desses, 554 (62,5%) eram do sexo masculino e 332 (37,5%) do sexo feminino. Em relação à faixa etária, 348 (39,2%) ocorreram em menores de 19 anos de idade, 468 (52,8%) em pessoas entre 19 e 60 anos e 69 (8%) em maiores de 60 anos. Quanto à zona de residência dos pacientes, 753 (85%) são de áreas urbanas, 114 (13%) de áreas rurais e 19 (2%) foram ignorados. Quanto à evolução, 665 (75%) tiveram alta, 94 (10,5%) óbito por meningite e 67 (7,5%) óbito por outras causas, havendo 60 ignorados. Quanto aos critérios de confirmação diagnóstica, 538 (61%) foram por diagnóstico quimiocitológico, 127 (14,5%) por diagnóstico clínico, 105 (12%) por meio de cultura, 37 (4%) por bacterioscopia, 16 (1,8%) e 79 (9%) por outros métodos. Dessa forma, observa-se que há uma grande concentração de casos nas áreas urbanas, pois um dos fatores de risco dessa doença é a aglomeração de pessoas em espaços fechados, como metrôs e ônibus. Percebe-se, ainda, que, apesar de avanços na Saúde Pública, houve um aumento no número de casos de meningite no estado, fato preocupante, visto que é uma importante causa de óbitos na população, como mostra a análise dos dados. Isso atesta a necessidade de ações de promoção de saúde para tentar arrefecer a quantidade, ainda preocupante, de casos dessa enfermidade, proporcionando uma maior qualidade de vida à população cearense.
Palavras-chaves: Epidemiologia; Meningite; Ceará



Palavras-chaves:  Ceará, Epidemiologia, Meningite