EFEITOS ADVERSOS DO TRATAMENTO DE HANSENÍASE NO BRASIL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
MARCOS VINÍCIUS BEZERRA LOIOLA1, MARIA EDUARDA CAVALCANTE PIRES DE CASTRO STUDART1, RENAN LOPES VASCONCELOS1, ANDREZA BRANDÃO THEOPHILO LIMA1, LUANA CARLOS DE FREITAS1, JORGE LUIS PIRES DE MORAES1, FELIPE PINHEIRO MENDES1, JOSÉ FRANCISCO IGOR SIQUEIRA FERREIRA1, LETÍCIA BENEVIDES CAVALCANTE SOARES1, NATANAEL PONTE DE OLIVEIRA1, RAFAEL LUCAS SIMÕES DOS SANTOS1, MARCELO ARAÚJO GUANABARA1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral
marcosloiolaa@gmail.com

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, que tem como agente etiológico o  Mycobacterium leprae . Essa micobactéria tem a capacidade de infectar grande quantidade de indivíduos, mas poucos adoecem. A doença acomete principalmente pele e nervos periféricos, podendo levar a sérias incapacidades físicas. O Sistema Único de Saúde disponibiliza o tratamento poliquimioterápico (PQT), recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é a associação de Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. Essa associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo, que ocorre com frequência quando se utiliza apenas um medicamento, e impossibilita a cura da doença. Contudo, como em toda terapia farmacológica, pode haver presença de efeitos adversos causados pelo uso desses fármacos. Assim, buscamos identificar os efeitos adversos mais prevalentes no tratamento da hanseníase, correlacionando-os, ainda, com os principais fármacos utilizados . Para esse estudo, foi utilizada a base de dados Pubmed. Os termos de pesquisa utilizados foram "Leprosy", “Treatment”, “Adverse effects” e "Brazil”. Dos 57 artigos encontrados, 13 foram selecionados e 6 artigos encaixaram-se no perfil pesquisado. Os artigos demonstram que os principais efeitos adversos incluem anemia/queda do hematócrito, cefaleia, cianose e sintomas gastrointestinais, além de outros efeitos mais raros. Dentre os fármacos utilizados no tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde do Brasil, há fortes evidências que a Dapsona seja a principal responsável pela maioria dos efeitos adversos nos pacientes, podendo até mesmo prejudicar a continuidade do tratamento da hanseníase, que costuma ser bastante longo e, portanto, de difícil adesão. Os outros dois fármacos, Rifampicina e Clofazimina, se mostram com reações de menor frequência e intensidade. Desse modo, mesmo adotando o esquema terapêutico padrão recomendado pela OMS, deve-se analisar as respostas de cada paciente individualmente ao tratamento, buscando sempre conciliar um tratamento eficaz e que não tenha tantos efeitos adversos, que, por sua vez, podem prejudicar a saúde e a qualidade de vida dessas pessoas.

Palavras-chave: Efeitos Colaterais; Hanseníase; Reações Adversas; Revisão; Tratamento.



Palavras-chaves:  Efeitos colaterais, Hanseníase, Reações adversas, Revisão, Tratamento