ANÁLISE DO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO POR Aedes aegypti NOS MUNICÍPIOS DO CEARÁ COM BASE NO LIRAa
MARCOS VINÍCIUS BEZERRA LOIOLA1, RAFAEL LUCAS SIMÕES DOS SANTOS1, FELIPE PINHEIRO MENDES1, LETÍCIA BENEVIDES CAVALCANTE SOARES1, JOSÉ FRANCISCO IGOR SIQUEIRA FERREIRA1, ANDREZA BRANDÃO THEOPHILO LIMA1, MARIA EDUARDA CAVALCANTE PIRES DE CASTRO STUDART1, LUANA CARLOS DE FREITAS1, NATANAEL PONTE DE OLIVEIRA1, RENAN LOPES VASCONCELOS1, JORGE LUIS PIRES DE MORAES1, MARCELO ARAÚJO GUANABARA1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará - Campus Sobral
marcosloiolaa@gmail.com

O mosquito Aedes aegypti é um inseto vetor de doenças com ampla prevalência na população brasileira, como dengue, zika e chikungunya, sendo, assim, um importante problema de saúde pública no País. Nesse contexto, o Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), método amostral que objetiva a obtenção de indicadores entomológicos de maneira rápida, possui uma relevância fundamental para permitir a identificação e a classificação dos principais tipos de depósitos em que os focos do vetor estão, direcionando ações para diminuir a proliferação desse mosquito. O objetivo deste estudo consiste em evidenciar os municípios com maiores índices de infestação pelo Aedes aegypti no estado do Ceará, para que haja uma abordagem mais direcionada e efetiva no combate a esse vetor. Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, analítico e descritivo, do tipo quantitativo, o qual foi elaborado a partir da análise dos dados do LIRAa expostos no boletim entomológico, referentes ao primeiro trimestre de 2018, apresentados pela Secretaria de Saúde do estado do Ceará, que classifica os municípios em 3 níveis de infestação: satisfatório, com Índice de Infestação Predial (IPP) < 1,0, situação média de infestação, com IPP entre 1,0 e 4,0 e infestação de alto risco, com IPP > 4,0. Foram analisados os dados obtidos pelo LIRAa de março de 2018, que apresenta o grau de risco de todos os 184 municípios cearenses. Os dados foram devidamente analisados e tabulados no software Excel. Dos 184 municípios analisados, 101 (54,64%) apresentaram níveis de infestação do Aedes aegypti satisfatórios, 64 (34,97%) apresentaram níveis médios de infestação e 19 (10,38%) apresentaram nível de infestação com alto risco. Dessa forma, faz-se necessário um maior acompanhamento dessas áreas de maior risco para evitar surtos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, visto que apresentam grande relevância epidemiológica, principalmente nos períodos chuvosos, quando há proliferação intensa desse mosquito. Urge, assim, a elaboração de estratégias de combate a esse vetor nessas regiões classificadas como críticas, num combate mais direcionado e efetivo, proporcionando uma melhor qualidade de vida à população cearense.



Palavras-chaves:  Aedes aegypti, Infestação, LIRAa