DOENÇA DE CHAGAS: PELOS MENOS 1200 CASOS NO ESTADO DO CEARÁ EM 2013
SILVIO CÉSAR GOMES DE LIMA 1, ELIVAN CUSTÓDIO ARAUJO1, JOSE NUNES FURTADO1, CARLOS DENIVAL CARIOLANO CAMPELO1, ANTONIO ADJASIO DAMIÃO SILVA1
1. CECITEC/UECE - CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA REGIÃO DOS INHAMUNS (CECITEC) DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE), 2. ENDEMIAS - NÚCLEO DE ENDEMIAS DO MUNICÍPIO DE TAUÁ
SILVIO.CESAR@UECE.BR

Já se passaram mais de 100 anos que a Doença de Chagas (DC) foi descrita pela primeira vez (1909), desde então inúmeros esforços tem sido empregados para mitigar seus efeitos deletérios sobre seus hospedeiros, principalmente, os humanos. mesmo assim, ela é considerada uma doença negligenciada, que não existe vacina e que vitimiza milhões de brasileiros com altos índices de mortandade em decorrência da doença. No Brasil, o Estado do Ceará é responsável por, aproximadamente, 70% das doenças negligenciadas, tais como cisticercose, dengue, equinococose, hanseníase, leishmaniose, filariose, oncocerciase, hidrofobia, helmintíases transmissíveis pelo solo, tracoma e Doença de Chagas. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento nos bancos de dados oficiais sobre a incidência dessa patologia no Estado do Ceará e no município de Tauá, região dos Inhamuns. Em 2013 foram registrados 1218 casos da DC em pessoas acima de 15 anos no estado do Ceara, sendo 22 casos confirmados no município de Tauá (~1,7% dos casos), que possui inúmeras localidades com a presença de Triatomíneos. Os resultados demonstram que é necessário adotar medidas preventivas, aparentemente simples, como: manter sempre a casa e arredores limpos; utilização de mosquiteiros; telas em portas e janelas; trabalhos educativos fomentando a prevenção da doença; assim como maior controle dos insetos nas residências, adotando aplicações mais sistemática de inseticidas, principalmente em ambientes rurais, provavelmente, onde a presença de triatomíneos é mais conspícua. Principalmente em uma patologia com característica peculiares, como a DC, que quanto mais precoce o diagnóstico for feito e mais rápido começar o tratamento maiores são as chances de minimizar as complicações crônicas, ainda não efetivamente curáveis na clínica.



Palavras-chaves:  Triatomíneos, Tauá, CECITEC.