CONVERSA SOBRE IST COM ADOLESCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL: FORMANDO AGENTES MULTIPLICADORES EM SAÚDE
ANDERSON DE ARAUJO MARTINS 1, JEAN RIBEIRO LEITE1, SARA INGRID FERREIRA DE REZENDE 1, SORAYA SOLON1
1. UFMS - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
andersonufms@gmail.com

Entre as questões referentes à saúde do adolescente na procura pelos serviços assistenciais, aquelas ligadas à sua sexualidade ainda estão entre as principais, como violência sexual, gravidez não planejada, IST, entre outros. O Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) visa garantir oportunidade a todos os educandos de serem protagonistas do processo de produção da própria saúde e na prevenção de agravos, por meio de ações educativas que contam com a participação de profissionais, dos educandos e da comunidade, no intuito de favorecer o aprendizado de maneira lúdica. O trabalho teve por objetivo descrever as ações realizadas em uma escola municipal de Campo Grande MS  para uma turma do 8º ano do ensino fundamental. Foram realizados quatro encontros no mês de novembro de 2017 no perído vespertino, com duração de três horas cada. Participaram das ações 20 alunos com idade entre 13 e 16 anos. Foram desenvolvidas as seguintes oficinas: O que é sexualidade afinal?, AIDS não tem cara, Vulnerável, eu? e Trabalhando com rótulos e solidariedade, nas quais os acadêmicos conduziram os alunos a  debaterem sobre os direitos e deveres sexuais e reprodutivos dos adolescentes, os sinais clínicos, transmissão, prevenção, vulnerabilidades e o tratamento das seguintes  IST: Gonorreia, hepatites B e C, HIV/AIDS, HPV e sífilis. Os resultados evidenciaram que a metodologia ativa de aprendizagem sem a ideia de distanciamento profissional-professor-aluno contribui significativamente para que o diálogo dentre a equipe e os educandos fosse produtivo e efetivo, favorecendo a interação entre a universidade e a escola. Observou-se um conhecimento amplo do assunto para a faixa etária, demonstrando assim que os temas relacionados à sexualidade vêm ganhando espaço nas discussões em sala de aula, porém ainda surgiram várias dúvidas no que diz respeito às hepatites virais, ao uso do preservativo e sobre as formas de prevenção combinada. Os achados revelam a importância da educação continuada em saúde para adolescentes e educadores no ambiente escolar, tratados de maneira reflexiva envolvendo fatores biopsicossociais, com práticas pedagógicas que facilitem o aprendizado objetivando a formação de jovens multiplicadores em saúde, a fim de assegurar uma sexualidade sadia e o conhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos destes.



Palavras-chaves:  Adolescentes, Educação em saúde , IST