ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE FEBRE AMARELA EM VIAJANTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA |
A prática de orientação à saúde dos viajantes é imprescindível, considerando o aumento de epidemias de doenças transmissíveis devido a movimentos migracionais, aspectos socioeconômico e turístico. Neste cenário, o Brasil apresenta aumento de casos de Febre Amarela (FA), em algumas regiões, desde 2017. A medida mais eficaz para prevenção da doença é a vacinação, que é rotina na região Norte do país e atualmente existem novas áreas de recomendação da vacina, nas regiões Sul e Sudeste. O objetivo é relatar a experiência discente em enfermagem na prevenção da FA em viajantes. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, executado a partir da vivência como estagiários de uma clínica de vacinação particular em Fortaleza-CE, entre janeiro a maio de 2018. O principal motivo de busca dos viajantes à clínica de imunização é informações pré-viagem. De acordo com o destino desse viajante, ele é vacinado, no mínimo 10 dias antes da viagem. No acolhimento foi realizada a anamnese, buscando informações para identificar algum risco em relação à vacinação, como a idade (9 meses até 59 anos); doença preexistente; alergia a proteína do ovo, medicamento ou vacina; tratamento contínuo com corticoide ou se está em uso de antibiótico. As principais orientações foram: possíveis reações adversas à vacina como a cefaleia, mialgia e febre; sobre a administração da vacina (dose 0,5 ml via SC, na técnica em “Z” na região posterior do deltóide). Após a administração, o cartão de vacinação foi preenchido com o lote e data de validade. Esse cartão deve ser levado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para emissão do Certificado Internacional de Vacinação (CIV). No outro dia, entramos em contato para acompanhar os eventos adversos desses pacientes. A vacina é recomendada também para viajantes que estão de passagem por portos, aeroportos em áreas de surtos ou para fora do Brasil, salientando que alguns países estão exigindo a apresentação do CIV para a entrada em seu território, bem como para estrangeiros que queiram entrar no Brasil. Conclui-se que é fundamental a orientação pré e pós-viagens, visto que viajantes são potenciais transportadores de agentes infecciosos. O enfermeiro tem papel fundamental de educador durante esse processo, a fim de transmitir todas as informações precisas para os viajantes, de acordo com seu destino, a fim de reduzir a disseminação de surtos ou epidemias. |