ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE FEBRE AMARELA EM VIAJANTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
THAYS HELENA ARAÚJO DA SILVA 1, ANA KARE LESSA SAMPAIO1, DALILA AUGUSTO PERES1, ELANE MARA FREIRE LOPES1, LETÍCIA MACHADO DE SOUSA1, THALYS HERIQUI ANDRADE DA SILVA1
1. FAMETRO - Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza, 2. HUWC/EBSERH - Hospital Universitário Walter Cantídio , 3. UFC - Universidade Federal do Ceará, 4. UECE - Universidade Estadual do Ceará, 5. ESTÁCIO - Centro Universitário Estácio do Ceará
THAYSHELENA.SILVA@GMAIL.COM

A prática de orientação à saúde dos viajantes é imprescindível, considerando o aumento de epidemias de doenças transmissíveis devido a movimentos migracionais, aspectos socioeconômico e turístico. Neste cenário, o Brasil apresenta aumento de casos de Febre Amarela (FA), em algumas regiões, desde 2017. A medida mais eficaz para prevenção da doença é a vacinação, que é rotina na região Norte do país e atualmente existem novas áreas de recomendação da vacina, nas regiões Sul e Sudeste. O objetivo é relatar a experiência discente em enfermagem na prevenção da FA em viajantes. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, executado a partir da vivência como estagiários de uma clínica de vacinação particular em Fortaleza-CE, entre janeiro a maio de 2018. O principal motivo de busca dos viajantes à clínica de imunização é informações pré-viagem. De acordo com o destino desse viajante, ele é vacinado, no mínimo 10 dias antes da viagem. No acolhimento foi realizada a anamnese, buscando informações para identificar algum risco em relação à vacinação, como a idade (9 meses até 59 anos); doença preexistente; alergia a proteína do ovo, medicamento ou vacina; tratamento contínuo com corticoide ou se está em uso de antibiótico. As principais orientações foram: possíveis reações adversas à vacina como a cefaleia, mialgia e febre; sobre a administração da vacina (dose 0,5 ml via SC, na técnica em “Z” na região posterior do deltóide). Após a administração, o cartão de vacinação foi preenchido com o lote e data de validade. Esse cartão deve ser levado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para emissão do Certificado Internacional de Vacinação (CIV). No outro dia, entramos em contato para acompanhar os eventos adversos desses pacientes. A vacina é recomendada também para viajantes que estão de passagem por portos, aeroportos em áreas de surtos ou para fora do Brasil, salientando que alguns países estão exigindo a apresentação do CIV para a entrada em seu território, bem como para estrangeiros que queiram entrar no Brasil. Conclui-se que é fundamental a orientação pré e pós-viagens, visto que viajantes são potenciais transportadores de agentes infecciosos. O enfermeiro tem papel fundamental de educador durante esse processo, a fim de transmitir todas as informações precisas para os viajantes, de acordo com seu destino, a fim de reduzir a disseminação de surtos ou epidemias.



Palavras-chaves:  Assistência de Enfermagem , Febre Amarela, Medicina de Viagem