CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE CEPAS DE Plasmodium falciparum, OBTIDAS DE PACIENTES EM RONDÔNIA, DURANTE O ACOMPANHAMENTO DE ESQUEMAS TERAPÊUTICOS
ROSIMEIRE CRISTINA DALLA MARTHA 1, DHÉLIO BATISTA PEREIRA1, ELIETH AFONSO DE MESQUITA1, FRANCISCA DE JESUS HOLANDA1, JUAN MIGUEL VILLALOBOS SALCEDO1
1. CEPEM - Centro de Pesquisa em Medicina Tropical, 2. UNIR - Universidade Federal de Rondônia
rosidalla@hotmail.com

A resistência do Plasmodium falciparum aos esquemas terapêuticos consiste em problemas na quimioterapia da malária. Para comprender a origem, dispersão fenotípica, virulência e resistência há nessecidade de estudos genéticos quanto à diversidades clonais e a dinâmica de polimorfismos. Realizado em uma região endêmica em malária com constância de infecções multiclonais, bem como resistência a antimaláricos, esta pesquisa propôs investigar o nível de diversidade genética do parasita com a edemicidade, bem como verificar a seleção de cepas durante os tratamentos maláricos. Para esta finalidade, houve um acompanhamento do tratamento malárico com monoterápico e combinações ACT em pacientes infectados por Plasmodium falciparum, através de marcadores de microssatélites. O esquema terapêutico procedeu-se pelo acompanhamento em dias de administração do medicamento (D0-D3), num período capaz de verificar falha de tratamento intermediário e tardio (D14 e D28); houve uma divisão em 3 grupos de tratamento: quinino-doxiciclina (n=09);  Coartem® (lumefantrene/artemeter) (n=10) e ASMQ (mefloquina/artesunato)  (n=10) de acordo com protocolo da Política Nacional de Saúde. Esta investigação permitiu demonstrar que a população de parasitas isolados de um paciente é constituída por cepas geneticamente diferentes, as quais são selecionados durante o tratamento. O dendograma gerado a partir dos microssatétiltes, apontou agrupamentos grandes e, a partir destes, agrupamentos cada vez menores foram gerados, demonstrando uma segregação de cepas diferentes durante o tratamento, onde o D28 ficou mais isolado em relação aos demais dias, caracterizando o aumentando do distanciamento genético. Ainda foi observado, nos dendogramas, a formação de grupos genéticos para cada paciente, ou seja, as cepas presentes em cada paciente não são geneticamente semelhantes, há uma variação genética, para cada indivíduo, o que nos reporta a dificuldade de produção de vacinas antimaláricas. Dessa forma, cloncluimos que a técnica de microssatélite demonstrou ser um instrumento diagnóstico para monitoramento de tratamento malárico, permitindo avaliar a ação do fármaco e sua eficácia na eliminação das cepas parasitárias mais suscetível, o qual ainda está associado à resposta imune do hospedeiro.



Palavras-chaves:  Microssatélite, Plasmodium falciparum, Tratamento antimalárico