1. PREVALÊNCIA DE TUBERCULOSE E CONHECIMENTO DA REDE DE SAÚDE NOS MUNICÍPIOS ASSISTIDOS PELO PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL NO INTERIOR DO CEARÁ
HELLEN KAREN ALMEIDA PEREIRA 1, ELYSYANA BARROS MOREIRA1, MYLLENA MARIA DE MORAIS PEREIRA1, JUCIER GONÇALVEZ JÚNIOR1, RAUL DE FREITAS AQUINO1, IAGO SÁVYO DUARTE SANTIAGO1, SANDRA BARRETO FERNANDES DA SILVA1, EMMANUELA QUENTAL CALLOU DE SÁ1, FRANCISCO CARLEIAL FEIJÓ DE SÁ1, JOSÉ MAURÍCIO PEREIRA LOPES 1
1. UFCA - Universidade Federal do Cariri, 2. SCMF - Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza
karen_hellen_pereira@hotmail.com

Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença conhecida há milhares de anos. No entanto, permanece ainda como um dos principais problemas de saúde pública em todo mundo. Objetivo: Verificar prevalência de tuberculose e o suporte e conhecimento da rede de saúde nos municípios assistidos pelo Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB) no interior do Ceará.  Desenho do estudo : corte transversal. Métodos: estudo com médicos bolsistas do PMMB que atuam em 30 municípios das macrorregiões de saúde Cariri e Centro Sul do Ceará, através de questionário padronizado confeccionado por supervisores e tutores do PMMB. A coleta ocorreu em novembro 2017. Resultados : Responderam ao questionário 202 médicos ( 93,5% do total). 94,6% dos médicos responderam que suas Unidades Básicas de Saúde (UBS) seguem algum protocolo para acompanhamento destes pacientes. 97% dos médicos responderam que conhecem a rede de atenção à saúde ofertada ao paciente com tuberculose em seu município, os 3%  que  desconhecem justificaram que: “não tem nenhum paciente com tuberculose, não teve a oportunidade de conhecer a rede de atenção”; “não tem o serviço disponível no município”;  a “gestão mudou e não informou como seria o fluxo”. Foi verificada uma prevalência de 61 pacientes com TB cadastrados, 57 destes são acompanhados pelas UBSs. A notificação do paciente foi feita pelo médico em 22,8% dos casos, pelo enfermeiro em 24,8%, e pelo médico e enfermeiro em 52,5%. 94,6% dos médicos informaram que há garantia do encaminhamento do paciente para o centro de referência quando necessário e 5,4% que não há, sendo as seguintes justificativas: “embora exista o serviço as vagas são escassas e nem todos conseguem atendimento especializado” e “não há centro de referência para tuberculose pactuado pelo município”. Discussão: O Brasil segue a proposta da OMS no que diz respeito às prioridades relacionadas à detecção precoce de casos, ao tratamento do paciente e a cura. O número de novos casos de TB no Ceará em 2017 foi 3.851, destes 338 no Cariri e 147 no Sertão Central. Em novembro de 2017, 246 casos foram diagnosticados no Ceará, 23 na região do Cariri e 13 no Sertão Central. Neste estudo, verificou-se uma prevalência de 61 casos de TB, 93,4% destes são acompanhados pelos médicos do PMMB, 6,6% não é acompanhado. Conclusão : O controle da tuberculose é uma das suas áreas estratégicas a ser aplicada em todo o território nacional, as ações de controle da tuberculose devem ser desempenhadas na Atenção Básica.



Palavras-chaves:  Tuberculose, Programa mais Médicos para o Brasil, Redes de atenção à saúde