CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO PIAUÍ
JHOANA DARC LOPES DE SOUSA ¹, FRANCISCA DAYANE SOARES DA SILVA¹, BEATRIZ FERREIRA MELO¹, DAKSON DOUGLAS ARAUJO¹, RODRIGO ELÍSIO DE SÁ¹, ANA INDYGRIANI RODRIGUES¹, EDILDETE SENE PACHECO¹
1. UFPI - Universidade Federal do Piauí
jhojhod1901@gmail.com

A sífilis é caracterizada como doença sexualmente transmissível, causada por uma espiroqueta, o Treponema pallidum, cuja transmissão se faz pelo contato sexual e por via transplacentária. A Sífilis Congênita considerada um problema de saúde pública, é resultado da disseminação hematogênica do treponema da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o concepto por meio placentário. No estado do Piauí, a realidade é bastante agravante, sendo de suma importância um estudo epidemiológico que possa demonstrar a intensidade desses agravos. O presente trabalho tem como objetivo, traçar o cenário epidemiológico da sífilis congênita no Piauí no período correspondente aos anos de 2015 a 2017. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório de abordagem quantitativa utilizando dados secundários de casos de sífilis congênita ocorridos no estado do Piauí notificados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Além disso, buscou-se artigos para compor a discussão do trabalho na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando descritores pré-estabelecidos. A pesquisa foi desenvolvida durante os meses de março a abril de 2018.Os casos confirmados durante esses anos no estado do Piauí, foram 866. Sendo o ano de 2017, o de maior prevalência, obtendo o percentual de 51,1% de todos os casos nesse intervalo de tempo. Dentre os dados obtidos, revelou-se que 85,9% destas gestantes realizaram exames pré-natais, o nível escolar das mães mais acometidas pela sífilis congênita, foi do ensino fundamental incompleto (34,6%). Os casos diagnosticados em até 6 dias de gestação, resultam em 93,1%. Este estudo possibilitou conhecer o perfil epidemiológico da sífilis congênita no estado do Piauí, revelando a relevância e amplitude da doença como problema de saúde pública. Diante do que foi exposto, torna-se necessário a implementação de programas educacionais que aperfeiçoem o conhecimento da população e do grupo de risco a respeito da sífilis.