AVALIAÇÃO DOS METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DE PLANTAS COM POTENCIAL CONTRA Leishmania spp. – REVISÃO DE LITERATURA
JHOANA DARC LOPES DE SOUSA 1, FRANCISCA DAYANE SOARES DA SILVA1, GABRIELLA LINHARES DE ANDRADE1, BEATRIZ FERREIRA MELO1, KAUANE ALENCAR RODRIGUES DA SILVA1, MAYCK SILVA BARBOSA1, ANA CLARA SILVA SALES 1, LUCAS ARRUDA MOITA1, JEFFERSON SOARES DE OLIVEIRA1
1. UFPI - Universidade Federal do Piauí, 2. FACID - Faculdade Facid Wyden
jhojhod1901@gmail.com

Leishmaniose se refere a um espectro de manifestações clínicas e é causada por parasitas do gênero Leishmania spp. Além disso, corresponde a uma das parasitoses mais frequentes nos países tropicais, sendo em torno de 1,5 milhões de casos anualmente. Resistência parasitária, toxicidade e ineficiência no tratamento por drogas convencionais são algumas das preocupações para que sejam desenvolvidos medicamentos mais efetivos. Metabólitos secundários são moléculas de baixo peso molecular, derivados do metabolismo primário das plantas e responsáveis pelos mecanismos de adaptação e defesa destas. Na literatura há associações desses metabólitos com atividades farmacológicas e biológicas. O presente estudo se propõe a realizar uma investigação dos principais metabólitos secundários encontrados em plantas que demonstrem atividade antileishmania, avaliando seus mecanismos contra a parasitose , através de revisão de literatura. Para este fim, foram realizadas buscas de estudos em bancos de dados: Pubmed, Scielo e Medline, que empregassem a temática ´´utilização de metabólitos secundários com atividade antileishmania´´, foram combinados descritores científicos em inglês ´´leishmania´´, ´´phytochemical´´e ´´natural products´´. Foram selecionados os artigos que sugerissem possível relação entre metabólitos secundários isolados de extratos de plantas e atividade antileishmania contra as duas morfologias da Leishmania spp. Como resultados obtidos em análise aos estudos investigados, alguns autores demostraram o potencial antileishmania de metabólitos secundários, utilizando modelos in vitro e in vivo. Os terpenos: linalol, eugenol, β-pireno, α- pireno, β-cariofileno, hederagenina, S-cis-verbenol foram ativos contra amastigotas e promastigotas e o dano celular provocado pode estar associado a sua natureza apolar que interage com a membrana do parasita, disfunção mitocondrial, bloqueio de enzimas e modulação da resposta imune. Os flavonoides: fisetina, quercetina e luteolina tiveram atividade antileishmania e suas ações podem estar relacionadas ao seu equilíbrio pró e antioxidante e inibição da proteína quinase, estabelecendo uma efetividade destes metabólitos em tratar contra a leishmaniose. Contudo, os estudos analisados sugerem forte relação entre metabólitos secundários e seu potencial antileishmania, com isso os autores sugerem que a detecção da atividade destes metabólitos, favorecem estudos mais aprofundados destas moléculas, sendo portanto, consideradas promissoras.

 



Palavras-chaves:  leishmaniose, Metabólitos Secundários, Produtos Naturais