AÇÕES DE TRATAMENTO DA TUBERCULOSE E VIGILÂNCIA DOS CONTATOS INTRADOMICILIARES NA AVALIAÇÃO EXTERNA DO PMAQ CICLO II NA REGIÃO SUL
LISBETH NATALIT AMPUDIA TAFUR 1, DAGOBERTA ALVES VIEIRA1, LUIZE BARBOSA ANTUNES1, DOUGLAS BENTO DAS CHAGAS1, EDUARDA SIGNOR1, ROXANA ISABEL CARDOZO GONZALES1
1. UFPEL - Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-graduação em Enfermagem
LISBETH715_1@HOTMAIL.COM

O Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) configura-se como um importante suporte para a qualificação da atenção às pessoas com tuberculose (TB) no Brasil. No contexto nacional, ainda permanece como desafios para o controle da TB, a vigilância dos contatos para a detecção precoce de casos novos; a adesão ao tratamento para aumentar as taxas de cura e reduzir o abandono. O objetivo do estudo foi identificar as ações do tratamento da TB e de vigilância de contatos intradomiciliares de casos novos de TB desenvolvidas pelas equipes de saúde dos estados do Sul do Brasil. Pesquisa de abordagem quantitativa tipo descritiva, exploratória e transversal. Estudo baseado nos dados secundários da fase de avaliação externa do ciclo II do PMAQ-AB realizada em 2014. Na análise dos dados utilizou-se distribuição de frequências relativas e absolutas que foram analisadas no software Statística. Participaram da pesquisa 2.265 equipes de saúde da família, que responderam as variáveis do estudo. Do total de equipes 42,0% pertenciam ao estado do Paraná (PR), 30,7% ao estado de Santa Catarina (SC), e 27,3% ao estado do Rio Grande do Sul (RS). Quanto à existência de registro de acompanhamento dos casos de TB, a disponibilidade desse recurso foi observada em 39,7% das equipes de saúde do PR. Quanto à frequência de cura acima de 85% no último ano, 37,6% pertenciam às equipes do PR. Os percentuais de realização de TDO e a busca ativa de faltosos do TDO foram maiores entre as equipes do PR, 38,9% e 39,1% respectivamente. No que se refere à vigilância de contatos intradomiciliares de casos novos de TB, identificou-se que 40,4% desta ação correspondiam às equipes do PR. Os resultados mostraram que embora as equipes de saúde do PR obtiveram os maiores percentuais em relação as ações de tratamento e vigilância dos contatos, estes não obtiveram percentuais acima de 50%, sugerindo que as referidas ações ainda são desenvolvidas de forma insuficiente de acordo com as recomendações nacionais da política de controle da doença. Diversos estudos mostram dificuldades na implementação e desenvolvimento das ações de controle da TB na atenção básica ( LIMA et al, 2013; FURLAN; CARDOZO-GONZALES; MARCON, 2015; CLEMENTINO et al, 2016). Os achados destacam que as equipes do PR mantiveram o maior percentual nas ações de tratamento da TB e na vigilância de contatos, ao contrário das equipes do RS que apresentaram os menores percentuais.



Palavras-chaves:  Atenção Primária à Saúde, Avaliação em Saúde, Busca de Comunicante, Tuberculose.