AÇÕES DE TRATAMENTO DA TUBERCULOSE E VIGILÂNCIA DOS CONTATOS INTRADOMICILIARES NA AVALIAÇÃO EXTERNA DO PMAQ CICLO II NA REGIÃO SUL |
O Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) configura-se como um importante suporte para a qualificação da atenção às pessoas com tuberculose (TB) no Brasil. No contexto nacional, ainda permanece como desafios para o controle da TB, a vigilância dos contatos para a detecção precoce de casos novos; a adesão ao tratamento para aumentar as taxas de cura e reduzir o abandono. O objetivo do estudo foi identificar as ações do tratamento da TB e de vigilância de contatos intradomiciliares de casos novos de TB desenvolvidas pelas equipes de saúde dos estados do Sul do Brasil. Pesquisa de abordagem quantitativa tipo descritiva, exploratória e transversal. Estudo baseado nos dados secundários da fase de avaliação externa do ciclo II do PMAQ-AB realizada em 2014. Na análise dos dados utilizou-se distribuição de frequências relativas e absolutas que foram analisadas no software Statística. Participaram da pesquisa 2.265 equipes de saúde da família, que responderam as variáveis do estudo. Do total de equipes 42,0% pertenciam ao estado do Paraná (PR), 30,7% ao estado de Santa Catarina (SC), e 27,3% ao estado do Rio Grande do Sul (RS). Quanto à existência de registro de acompanhamento dos casos de TB, a disponibilidade desse recurso foi observada em 39,7% das equipes de saúde do PR. Quanto à frequência de cura acima de 85% no último ano, 37,6% pertenciam às equipes do PR. Os percentuais de realização de TDO e a busca ativa de faltosos do TDO foram maiores entre as equipes do PR, 38,9% e 39,1% respectivamente. No que se refere à vigilância de contatos intradomiciliares de casos novos de TB, identificou-se que 40,4% desta ação correspondiam às equipes do PR. Os resultados mostraram que embora as equipes de saúde do PR obtiveram os maiores percentuais em relação as ações de tratamento e vigilância dos contatos, estes não obtiveram percentuais acima de 50%, sugerindo que as referidas ações ainda são desenvolvidas de forma insuficiente de acordo com as recomendações nacionais da política de controle da doença. Diversos estudos mostram dificuldades na implementação e desenvolvimento das ações de controle da TB na atenção básica ( LIMA et al, 2013; FURLAN; CARDOZO-GONZALES; MARCON, 2015; CLEMENTINO et al, 2016). Os achados destacam que as equipes do PR mantiveram o maior percentual nas ações de tratamento da TB e na vigilância de contatos, ao contrário das equipes do RS que apresentaram os menores percentuais. |