Malária por Plasmodium falciparum no estado do Amazonas: distribuição espacial de epidemias no período de 2003 a 2017.
FIRMINO MARTINS DOS SANTOS NETO 1, MARIA GABRIELA DE ALMEIDA RODRIGUES1, ALINNE DE PAULA RODRIGUES ANTOLINI1, WUELTON MARCELO MONTEIRO1, VANDERSON DE SOUZA SAMPAIO1
1. FVS - Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, 2. SEMSA - Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, 3. PPGMT-UEA - Programa de Pós Graduação em Medicina Tropical-UEA
firminomartins1620@gmail.com

A malária é uma das mais importantes doenças infecciosas no mundo, sendo responsável por mais de 212 milhões de casos e 429.000 óbitos. A malária por Plasmodium falciparum é conhecida por desfechos graves, incluindo óbito. O presente projeto visa gerar informações importantes a respeito da identificação e caracterização de epidemias, distribuição espacial, perfil temporal, nos 62 municípios do estado do Amazonas no período de 2003 a 2017. A população de estudo são indivíduos residentes no estado do Amazonas, com diagnóstico confirmado laboratorialmente para malária por P. falciparum no período de 2003 a 2017. Foram analisados pouco mais de 260.000 registros de casos da doença. Todos os dados foram analisados pelo software estatístico STATA (v.14). Para a identificação das epidemias de malária por P. falciparum foi calculada por semana/ano para cada município, utilizando a média e o limite superior (média + 1,96 * desvio padrão) do número de casos novos dos últimos 5 anos. As epidemias, após identificadas, foram classificadas quanto suas durações, considerando os seguintes critérios: muito curta (epidemias de até 2 semanas), curta (epidemias de 3 semanas), média (epidemias de 4 a 5 semanas) e longa (epidemias de 6 ou mais semanas). Como principais resultados, no ano 2017, municípios das regiões do Entorno de Manaus, Médio Amazonas, Baixo Amazonas, Rio Madeira, Rio Purus, Rio Negro e Solimões, Triângulo e Alto Solimões apresentaram epidemias muito curtas; Municípios das regiões do Entorno de Manaus e Rio Purus apresentaram epidemias curtas; Municípios das regiões do Rio Juruá, Rio Madeira, Alto Amazonas e Baixo Amazonas apresentaram epidemias médias; Municípios das regiões do Entorno de Manaus, Rio Purus e Rio Madeira apresentaram epidemias longas. Observou-se que os municípios das regiões que apresentaram epidemias longas, são de região de fronteira com outros estados e países, podendo indicar um fluxo migratório das epidemias, além da região do Entorno de Manaus e Rio Purus serem as mais acometidas.



Palavras-chaves:  Amazonas, Malária, Plasmodium falciparum