PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) POR INFLUENZA, NO CEARÁ |
Introdução : O vírus influenza é capaz de provocar epidemias recorrentes e pode evoluir com pandemias quando um novo vírus se dissemina em uma população que não apresenta imunidade. Objetivo : descrever o perfil epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza, no Ceará . Metodologia : Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, dados coletados através do Boletim Epidemiológico Influenza até 23º Semana Epidemiológicas (1/01 a 06/06/2018), do Estado do Ceará, no ano de 2018. Resultados: Foram notificados 1105 casos de SRAG, dentre estes, 36,6% (405/1105) foram causados pelo vírus influenza, 48,7% (538/1105) SRAG não especificada, 1,3% (15/1105) por outros vírus/agentes etiológicos e 13,3% (147/1105) dos casos de SRAG estão em investigação. Nesse período observa-se um acréscimo nos casos notificados e confirmados para influenza a partir de março, sendo que o mês de abril concentrou 51,3% (567/1105) e 76,8% (311/405) das notificações e casos de influenza, respectivamente e apresentou o maior número de casos de SRAG notificados, com 24,3% (1105/4552), o maior número de casos confirmados por influenza, com 49,6% (405/817), e a maior incidência de SRAG por influenza, com 4,52 casos por 100 mil habitantes. As faixas etárias mais acometidas são as de 60 anos e mais 25,4% (103/405) e 1 a 4 anos 21,0% (85/405). O sexo feminino representou 54,1% (219/405) dos casos confirmados por influenza. O total de cura dos casos de SRAG por influenza foi de 84,7% (343/405). A letalidade por influenza de 15,6% e maior número de casos de SRAG por influenza dos últimos anos. Foram registrados 115 óbitos por SRAG, dos quais 54,7% (63/115) foram por influenza. Apenas 4,8% (3/63) dos óbitos tinham histórico de vacina. Dentre os óbitos, 61,9% (39/63) apresentavam um ou mais fatores de risco relacionados com SRAG. As unidades com maior percentual de óbitos foram os hospitais terciários com 57,1% (36/63), as UPAs com 25,4% (16/63), os hospitais secundários, maternidades e UBS com 4,8% (3/63) cada e o SVO com 3,2% (2/63). Conclusão: Diante deste cenário, temos ciência da importância da vacina contra influenza e o impacto positivo que ela causa, refletindo diretamente na redução do número de casos e óbitos por influenza. A vacinação contra influenza mostra-se como uma das medidas mais efetivas para a prevenção da influenza grave e de suas complicações. |