PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) POR INFLUENZA, NO CEARÁ
SÔNIA SAMARA FONSECA DE MORAIS 1, ANA VILMA LEITE BRAGA1, JOELY NATALY PINHEIRO DA SILVA1, MARCELO GURGEL CARLOS DA SILVA1
1. UECE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, 2. SESA - SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ, 3. UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
enfsoniasamara@hotmail.com

Introdução : O vírus influenza é capaz de provocar epidemias recorrentes e pode evoluir com pandemias quando um novo vírus se dissemina em uma população que não apresenta imunidade. Objetivo : descrever o perfil epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza, no Ceará . Metodologia : Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, dados coletados através do Boletim Epidemiológico Influenza até 23º Semana Epidemiológicas (1/01 a 06/06/2018), do Estado do Ceará, no ano de 2018. Resultados: Foram notificados 1105 casos de SRAG, dentre estes, 36,6% (405/1105) foram causados pelo vírus influenza, 48,7% (538/1105) SRAG não especificada, 1,3% (15/1105) por outros vírus/agentes etiológicos e 13,3% (147/1105) dos casos de SRAG estão em investigação. Nesse período observa-se um acréscimo nos casos notificados e confirmados para influenza a partir de março, sendo que o mês de abril concentrou 51,3% (567/1105) e 76,8% (311/405) das notificações e casos de influenza, respectivamente e apresentou o maior número de casos de SRAG notificados, com 24,3% (1105/4552), o maior número de casos confirmados por influenza, com 49,6% (405/817), e a maior incidência de SRAG por influenza, com 4,52 casos por 100 mil habitantes. As faixas etárias mais acometidas são as de 60 anos e mais 25,4% (103/405) e 1 a 4 anos 21,0% (85/405). O sexo feminino representou 54,1% (219/405) dos casos confirmados por influenza. O total de cura dos casos de SRAG por influenza foi de 84,7% (343/405). A letalidade por influenza de 15,6% e maior número de casos de SRAG por influenza dos últimos anos. Foram registrados 115 óbitos por SRAG, dos quais 54,7% (63/115) foram por influenza. Apenas 4,8% (3/63) dos óbitos tinham histórico de vacina. Dentre os óbitos, 61,9% (39/63) apresentavam um ou mais fatores de risco relacionados com SRAG. As unidades com maior percentual de óbitos foram os hospitais terciários com 57,1% (36/63), as UPAs com 25,4% (16/63), os hospitais secundários, maternidades e UBS com 4,8% (3/63) cada e o SVO com 3,2% (2/63). Conclusão: Diante deste cenário, temos ciência da importância da vacina contra influenza e o impacto positivo que ela causa, refletindo diretamente na redução do número de casos e óbitos por influenza. A vacinação contra influenza mostra-se como uma das medidas mais efetivas para a prevenção da influenza grave e de suas complicações.



Palavras-chaves:  EPIDEMIOLOGIA, GRIPE, INFLUENZA