VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO CONTROLE DA TUBERCULOSE À LUZ DO DISCURSO DOS REEDUCANDOS
MARCIELLE DOS SANTOS SANTANA 1, MARIANA BOLITREAU SIQUEIRA CAMPOS BARROS1, ANA WLÁDIA SILVA DE LIMA1, KEYLA FERREIRA1, PATRÍCIA MAYRA DE ANDRADE SIQUEIRA1, BEATRIZ MENDES NETA1, RAQUEL DA SILVA CAVALCANTE1, DÉBORA MARIA DA SILVA XAVIER1, DAYANA CECÍLIA DE BRITO MARINHO1, JOSÉ RIVALDO DE LIMA 1, ISABELA LEMOS DA SILVA1, NAYANE NAYARA DO NASCIMENTO GALDINO1, MEYKSON ALEXANDRE DA SILVA1, HEMELLY RAIALLY DE LIRA SILVA1, NÍVEA ALANE SANTOS MOURA1
1. CAV/UFPE - Centro acadêmico de Vitória/Universidade Federal de Pernambuco
MARCIELLE326@GMAIL.COM

Segundo o ministério da justiça, o Brasil possui a quarta maior população carcerária do mundo, a qual conta atualmente com mais de 160% de sua capacidade máxima ocupada. A população carcerária engloba um dos grupos de risco, sendo a mais vulnerável à Tuberculose, na qual, a incidência da doença chega a ser cinquenta vezes maior que média nacional. Os fatores determinantes para os altos índices da infecção envolvem a estrutura deficiente associada à superlotação e pouca ventilação que faz com que o bacilo causador da tuberculose ( Mycobacterium tuberculosis ) se dissemine facilmente pelo ar. Outros fatores e condições importantes que facilitam a transmissão da tuberculose são a má nutrição dos presos, o uso de drogas e a infecção por HIV que é frequente nos presídios.  Além das condições estruturais precárias, os serviços de atendimento à saúde e de vigilância epidemiológicos são negligenciados, poucas unidades prisionais tem unidades de atendimento à saúde, o que dificulta o diagnóstico e tratamento bem como a notificação compulsória da doença prejudicando as ações de vigilância epidemiológica e facilita a transmissão constante da doença. O estudo tem como objetivo ompreender a percepção de reeducandos sobre as ações da vigilância epidemiológica para o controle da tuberculose no presídio de Vitória de Santo Antão- PE. Trata-se de um estudo descritivo e transversal, com abordagem qualitativa, com dados coletados através de entrevistas e analisados pelo Discurso do Sujeito Coletivo, no período de dezembro a março de 2017, no presídio de Vitória de Santo Antão-Pernambuco.Foram realizadas quatro perguntas sobre a compreensão e percepção dos envolvidos das ações da vigilância epidemiológica para o controle da tuberculose, específica para as pessoas privadas de liberdade, as quais resultaram em quatro ideias centrais e quatro discursos. A percepção dos entrevistados volta-se com relação ao tratamento, ações educativas, e na realização de exames de confirmação diagnóstica, contrapondo nas barreiras assistenciais relacionadas ao estado de privação.



Palavras-chaves:  Prisões, Tuberculose, Vigilância Epidemiológica