VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO CONTROLE DA TUBERCULOSE À LUZ DO DISCURSO DOS REEDUCANDOS |
Segundo o ministério da justiça, o Brasil possui a quarta maior população carcerária do mundo, a qual conta atualmente com mais de 160% de sua capacidade máxima ocupada. A população carcerária engloba um dos grupos de risco, sendo a mais vulnerável à Tuberculose, na qual, a incidência da doença chega a ser cinquenta vezes maior que média nacional. Os fatores determinantes para os altos índices da infecção envolvem a estrutura deficiente associada à superlotação e pouca ventilação que faz com que o bacilo causador da tuberculose ( Mycobacterium tuberculosis ) se dissemine facilmente pelo ar. Outros fatores e condições importantes que facilitam a transmissão da tuberculose são a má nutrição dos presos, o uso de drogas e a infecção por HIV que é frequente nos presídios. Além das condições estruturais precárias, os serviços de atendimento à saúde e de vigilância epidemiológicos são negligenciados, poucas unidades prisionais tem unidades de atendimento à saúde, o que dificulta o diagnóstico e tratamento bem como a notificação compulsória da doença prejudicando as ações de vigilância epidemiológica e facilita a transmissão constante da doença. O estudo tem como objetivo ompreender a percepção de reeducandos sobre as ações da vigilância epidemiológica para o controle da tuberculose no presídio de Vitória de Santo Antão- PE. Trata-se de um estudo descritivo e transversal, com abordagem qualitativa, com dados coletados através de entrevistas e analisados pelo Discurso do Sujeito Coletivo, no período de dezembro a março de 2017, no presídio de Vitória de Santo Antão-Pernambuco.Foram realizadas quatro perguntas sobre a compreensão e percepção dos envolvidos das ações da vigilância epidemiológica para o controle da tuberculose, específica para as pessoas privadas de liberdade, as quais resultaram em quatro ideias centrais e quatro discursos. A percepção dos entrevistados volta-se com relação ao tratamento, ações educativas, e na realização de exames de confirmação diagnóstica, contrapondo nas barreiras assistenciais relacionadas ao estado de privação. |