PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS DERMATOFITOSES EM UM LABORATÓRIO DE MACEIÓ-AL
LAYANNE DE OLIVEIRA FERRO 1, ANTHONY DIAS CAVALCANTI1, LESLIE WARREN SILVA DE FREITAS1, THAYZA KARINE DE OLIVEIRA RIBEIRO1, SARAH SIGNE DO NASCIMENTO1, JÚLIO RICARDO MACEDO SILVA1, DÁLITY KEFFELEN DE BARROS RODRIGUES1, ARYANNA KELLY PINHEIRO SOUZA1, MARIA ANILDA DOS SANTOS ARAUJO1
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 2. CESMAC - Centro Universitário Cesmac, 3. CCD - Coordenadoria do Controle de Doenças
LAYANNE.FERRO93@HOTMAIL.COM

Dermatofitoses são micoses causadas por fungos queratinofílicos conhecidos como dermatófitos e podem ser de três gêneros, Epidermophyton, Microsporum e Ttrichophyton. Estudos epidemiológicos apontam as dermatomicoses como doenças de prevalência mundial, sendo mais frequentes em regiões de clima tropical e subtropical, equivalendo ao terceiro problema de pele mais recorrente em crianças abaixo de 12 anos. As dermatofitoses não são doenças de notificação compulsória no Brasil, somente pesquisas com relatos epidemiológicos são descritos na literatura, tornando-se necessário a existência de estudos de caráter epidemiológico que informem os dados de sua incidência. A pesquisa foi realizada por meio de estudo descritivo e transversal de abordagem quantitativa no período entre 2012 a 2016, onde foram analisados todos os resultados de exames micológicos de um laboratório privado de análises clínicas situado no munícipio de Maceió-AL, totalizando 1697 amostras clínicas, onde 193 (11%) mostraram-se positivas para dermatófitos. No que diz respeito ao agente etiológico o Gênero Trichophyton foi disparado o mais isolado com 175 casos isolados (90,67%), sendo que a espécie Trichophyton rubrum (50,77%) foi a mais frequente, seguidos das espécies de Trichophyton mentagrophytes (19,69%), Trichophyton tonsurans (12,43%) e em 15 casos (7,78%) não foram identificados a espécie de Trichophyton . Outas espécies isoladas foram Microsporum canis (5,18%) e Epidermophyton floccosum (4,15%). A prevalência do Trichopyton rubrum é comprovada em outros vários estudos realizados no Brasil e no mundo. Em relação a idade de cada paciente com resultado micológico positivo para dermatomicose, foi evidenciado maior faixa etária acima dos 50 anos (38,34%) esse dado se mostrou contrário as demais literaturas, onde consideram a incidência dessas micoses nesse grupo como um episódio raro. Analisando a relação entre o local de infecção com o agente etiológico, observa-se que tanto em pele como em unha o Trychophyton rubrum foi a espécie mais comum. No couro cabeludo a espécie mais frequente foi o Trichophyton tonsurans seguido do Microsporum canis . Tendo em vista os resultados observados, foi possível caracterizar as espécies de dermatófitos mais frequentes nas dermatomicoses em um laboratório privado de Maceió-AL, sendo assim observou-se que o Trichopyton rubrum foi o agente etiológico mais isolado dentre as amostras clínicas.



Palavras-chaves:  Dermatofitoses, perfil epidemiológico, Trichophyton rubrum