CASOS NOVOS DE HANSENÍASE POR CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL NO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2005 A 2014
CELIVANE CAVALCANTI BARBOSA 1,3, CRISTINE VIEIRA DO BONFIM1,3, CINTIA MICHELE GONDIM DE BRITO1,3, ANDREA TORRES FERREIRA1,3, VERA REJANE DO NASCIMENTO GREGORIO1,3, ZULMA MARIA DE MEDEIROS1,3
1. IAM/FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz (PE), 2. FUNDAJ - Fundação Joaquim Nabuco, 3. I GERES/SES-PE - I Regional de Saúde da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, 4. UPE - Universidade de Pernambuco, 5. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
celivane.cb@gmail.com

A hanseníase é considerada uma doença negligenciada, com maior ocorrência em populações socioeconomicamente desfavoráveis, persistindo como problema de saúde em alguns países no mundo. Entretanto, a condição infectocontagiosa, o impacto socioeconômico e repercussão psicológica, advinda das deformidades e incapacidades físicas frequentes no processo do adoecimento da hanseníase, faz com que esta permaneça como um problema de saúde pública. Desse modo, a pesquisa objetiva descrever os casos novos de hanseníase por classificação operacional no estado de Pernambuco, Brasil. Trata-se de um estudo transversal, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) no período 2005 a 2014. Foram analisadas frequências absolutas e relativas, por teste qui-quadrado (χ 2 ) com nível de significância 0,05. Foram registrados 28.895 casos, com predomínio no sexo feminino (14.857; 51,41%), faixa etária de 15 anos a mais (25.782; 89,37%), forma clínica dimorfa (8.198; 30,05%), grau zero na a valiação do grau de incapacidade física no momento do diagnóstico (19.908; 71,18%) e curados no desfecho de tratamento (24.820; 87,88%). Essas variáveis foram associadas (p<0,05) à classificação operacional. Houve uma redução de 22,64% nos números de casos novos e de 29,86% na taxa de detecção anual, diferente da proporção de multibacilares e em memores de 15 anos, que aumentou (17,77% e 3,21% respectivamente). A maior ocorrência dos casos no período de 10 anos de estudo foram o sexo feminino, faixa etária de 15 anos a mais, a forma clínica dimorfa, grau zero n a a valiação do grau de incapacidade física no momento do diagnóstico e desfecho de tratamento os curados , além do aumento do percentual ao longo dos anos de multibacilares e em menores de 15 anos. Dessa forma, o estado de Pernambuco mantém a cadeia de transmissão ativa para hanseníase.



Palavras-chaves:  Doenças Negligenciadas, Hanseníase, Epidemiologia, Sistema de Informação em Saúde