PERFIL DOS COORDENADORES DE GRUPOS DE APOIO AO AUTOCUIDADO EM HANSENÍASE
DANIELLE CHRISTINE MOURA DOS SANTOS1,2, ÉRIKA BEATRIZ CARNEIRO DE SOUZA 1,2, GEOCLEBSON DA SILVA PEREIRA1,2, MARIA GEÓRGIA TORRES ALVES1,2, MARIELLE DE LIMA BELMONTE1,2, MARIZE CONCEIÇÃO VENTIN LIMA1,2, NIEDJA MADELON NASCIMENTO SOUZA1,2, RAPHAELA DELMONDES DO NASCIMENTO1,2
1. UPE - Universidade de Pernambuco, 2. FENSG - Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças, 3. UEPB - Universidade Estadual da Paraíba
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Os grupos de apoio ao autocuidado em hanseníase são fundamentais para a manutenção da saúde, principalmente no perfil de doenças negligenciadas, sendo imprescindível a necessidade dos coordenadores dos grupos, onde são facilitadores do processo grupal. Este estudo tem como objetivo analisar o perfil dos coordenadores de Grupos de Autocuidado (GAC) em hanseníase. Estudo de caráter qualitativo, descritivo, realizado em 08 grupos de autocuidado da região metropolitana do Recife, no período de fevereiro a dezembro de 2017. Os dados foram coletados através da observação sistemática, e registrados em diários de campo. Foi realizada análise de conteúdo considerando o perfil de coordenador estabelecido pelo Ministério da Saúde e o referencial de atributos desejáveis para o bom desempenho dos coordenadores de grupos. Observou-se que, apesar da multiprofissionalidade encontrada entre os coordenadores dos grupos, os perfis são bastante similares quanto a uma participação ativa e organização das atividades realizadas nos grupos. No entanto, foi observado, em alguns coordenadores, a falta de interesse quanto ao planejamento de atividades e acompanhamento do desenvolvimento do grupo. Outro ponto, foi o não monitoramento da evolução dos participantes e a não realização de relatórios das atividades diárias, impossibilitando uma investigação aprofundada e esquematizada do desenvolvimento grupal. Por fim, observou-se, nos grupos onde existia mais de um coordenador, que não havia uma divisão clara de tarefas, tornando um coordenador mais sobrecarregado em comparação com o outro. Desta forma, os perfis dos coordenadores estão intimamente ligados a evolução dos grupos, sendo o acompanhamento e monitoração do desenvolvimento dos participantes imprescindível para o melhor aproveitamento das atividades. Portanto, o coordenador deve trabalhar juntamente com os participantes dos grupos e com o segundo coordenador, se esse existir, elaborando atividades ligadas à temática do grupo e maneiras de melhor manter os participantes ativos, sempre tendo um olhar crítico à linguagem verbal e não-verbal dos participantes.



Palavras-chaves:  Atenção Básica, Autocuidado, Hanseníase