TUBERCULOSE: NÚMERO DE CASOS POR MICRORREGIÕES DE ALAGOAS ENTRE OS ANOS DE 2010 E 2016
JANINE MARTINS DA SILVA 1, DEBORAH MARA DA ROCHA PEREIRA1, GUILHERME OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE MALTA 1, JULIANA BARBOSA BARROS NUNES1, PAULA MARIANA FRAGOSO TORRES 1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
janineemartins@hotmail.com

A Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis , também conhecido como Bacilo de Koch. A fonte de infecção é o indivíduo apresentando a forma pulmonar da doença, eliminando bacilos para o exterior. A propagação da doença está intimamente relacionada com as condições de vida das populações, incluindo acesso aos serviços de saúde, aglomerações humanas, precárias condições de infraestrutura e saneamento, associação com outras doenças infectocontagiosas e acesso precário ao tratamento disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desse estudo foi analisar a ocorrência de casos de TB nas Microrregiões do estado de Alagoas no ano de 2010 a 2016. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo, recorte de um informe epidemiológico. Utilizou-se o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e o Departamento de Informática do SUS (DATASUS), sendo realizadas buscas de casos de TB no estado de Alagoas entre os anos de 2010 e 2016. Posteriormente, os dados coletados foram inseridos em planilhas através da ferramenta de suporte Excel, sendo organizados em categorias, de acordo com as particularidades pertinentes, como ano de notificação e casos confirmados por microrregiões. De 2010 a 2016 registraram-se 8.933 casos de TB no estado, tendo em média aproximadamente 1.276 por ano. Estabeleceu-se a partir do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 13 Microrregiões pertencentes ao estado de AL, dentre as quais destacam-se Maceió com 5.619 casos, Arapiraca com 795, São Miguel dos Campos com 696, Mata Alagoana 581 e Palmeira dos Índios com 302 no período estabelecido. Notou-se que a capital, Maceió destacou-se com o maior número de casos do período em questão, isto pode ocorrer proporcionalmente pelo maior número de habitantes, comparada com outras regiões, e pela subnotificação que pode ocorrer nas demais regiões. As demais microrregiões não citadas apresentam números menos expressivos. Observou-se a prevalência dos casos em populações com maior vulnerabilidade social, idade avançada e a dificuldade dos profissionais de saúde em lidar com os casos em seus territórios. Com isso, faz-se necessário uma capacitação dos profissionais de saúde que estão diretamente ligados à população, objetivando um olhar mais sensível quanto a clínica dos pacientes, que viabilizem a busca ativa contínua e eficaz, ressaltando-se ainda a necessidade de incentivar a notificação dos casos em seus determinados municípios.



Palavras-chaves:  Doenças negligenciadas, Saúde pública, Tuberculose