CASOS POSITIVOS DE ESQUISTOSSOMOSE EM ALAGOAS ENTRE OS ANOS DE 2010 E 2017 |
A esquistossomose é uma doença parasitária, negligenciada e endêmica no Brasil, causando números expressivos de formas graves e óbitos. Sua ocorrência é comum em regiões de clima tropical e subtropical, acometendo sobretudo a população pobre, com baixa escolaridade e em condições precárias de saneamento. Nesse contexto, tem-se por intuito avaliar as características epidemiológicas dos casos positivos de esquistossomose no estado de Alagoas entre os anos de 2010 e 2017. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo retrospectivo. Os dados epidemiológicos foram obtidos no banco de dados do Sistema de Informação de Doenças e Agravos de Notificação (SINAN). Os dados da população brasileira, censitários ou estimados, foram obtidos através de informações fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para a população brasileira residente por região geográfica no período estudado. As variáveis analisadas foram idade, sexo, raça e escolaridade. A análise exploratória dos dados foi realizada por meio do programa Microsoft Excel® 2010, sendo consideradas a aferição das frequências absolutas e percentuais, para as variáveis categóricas, e a taxa de incidência anual. Foram registrados 459 (100%) casos positivos de esquistossomose entre os anos de 2010 e 2017 no estado de Alagoas, sendo o ano de 2016 com maior ocorrência de casos positivos, 110 (23,96%) casos positivos. O número de casos, segundo sexo, foi de 53,13% (263), para homens, e 46,86%, para mulheres. A maioria dos doentes tinham entre 20 e 59 anos, 58,92% (310). Observou-se a predominância de indivíduos da raça parda (339), seguidos de brancos (67) e pretos (52), além disso, o número de casos foi maior em indivíduos com baixa escolaridade. A taxa de incidência foi maior no ano de 2016, com 3,3 casos por 100 mil habitantes, e menor em 2012, com 0,88 caso por 100 mil habitantes. A esquistossomose no estado de Alagoas, entre os anos de 2010 e 2017 acometeu principalmente adultos jovens, de raça parda, com menor nível de escolaridade, não havendo diferença na distribuição por sexo. |