CASOS POSITIVOS DE ESQUISTOSSOMOSE EM ALAGOAS ENTRE OS ANOS DE 2010 E 2017
JANINE MARTINS DA SILVA 1, CHARLES ALLIN BUARQUE DOS SANTOS1, CLÓDIS MARIA TAVARES1, DAVI PORFIRIO DA SILVA1, DEBORAH MARA DA ROCHA PEREIRA1, GUILHERME OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE MALTA 1, JULIANA BARBOSA BARROS NUNES1, PAULA DANIELE CAVALCANTE1, PAULA MARIANA FRAGOSO TORRES 1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
janineemartins@hotmail.com

A esquistossomose é uma doença parasitária, negligenciada e endêmica no Brasil, causando números expressivos de formas graves e óbitos. Sua ocorrência é comum em regiões de clima tropical e subtropical, acometendo sobretudo a população pobre, com baixa escolaridade e em condições precárias de saneamento. Nesse contexto, tem-se por intuito avaliar as características epidemiológicas dos casos positivos de esquistossomose no estado de Alagoas entre os anos de 2010 e 2017. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo retrospectivo. Os dados epidemiológicos foram obtidos no banco de dados do Sistema de Informação de Doenças e Agravos de Notificação (SINAN). Os dados da população brasileira, censitários ou estimados, foram obtidos através de informações fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para a população brasileira residente por região geográfica no período estudado. As variáveis analisadas foram idade, sexo, raça e escolaridade. A análise exploratória dos dados foi realizada por meio do programa Microsoft Excel® 2010, sendo consideradas a aferição das frequências absolutas e percentuais, para as variáveis categóricas, e a taxa de incidência anual. Foram registrados 459 (100%) casos positivos de esquistossomose entre os anos de 2010 e 2017 no estado de Alagoas, sendo o ano de 2016 com maior ocorrência de casos positivos, 110 (23,96%) casos positivos. O número de casos, segundo sexo, foi de 53,13% (263), para homens, e 46,86%, para mulheres. A maioria dos doentes tinham entre 20 e 59 anos, 58,92% (310). Observou-se a predominância de indivíduos da raça parda (339), seguidos de brancos (67) e pretos (52), além disso, o número de casos foi maior em indivíduos com baixa escolaridade. A taxa de incidência foi maior no ano de 2016, com 3,3 casos por 100 mil habitantes, e menor em 2012, com 0,88 caso por 100 mil habitantes. A esquistossomose no estado de Alagoas, entre os anos de 2010 e 2017 acometeu principalmente adultos jovens, de raça parda, com menor nível de escolaridade, não havendo diferença na distribuição por sexo.



Palavras-chaves:  Doenças negligenciadas, Doenças parasitárias, Esquistossomose