ZOONOSE PARASITÁRIA NAS PRAÇAS PÚBLICAS DE MACEIÓ-AL |
Introdução: Frequentemente em áreas destinadas ao lazer nas praças públicas não há presença de barreiras físicas planejadas que impeçam a livre circulação de animais errantes. Sabendo que os cães desempenham importante papel na disseminação de formas infectantes de helmintos e protozoários gastrintestinais com potencial zoonótico, por intermédio do depósito de suas fezes contaminadas no meio ambiente esse estudo foi desenvolvido. Objetivo: Avaliar as praças publicas do município de Maceió, capital turística do Estado de Alagoas. Metodologia: O tipo de estudo desenvolvido foi o observacional transversal. Foram visitadas 3 praças públicas nas primeiras horas da manhã e no final da tarde, com repetição em intervalo de 15 dias, totalizando duas visitas. Foram obtidas um total de 23 amostras fecais na primeira coleta, sendo 7 amostras na praça 1(P1), 13 na praça 2 (P2) e 3 na praça 3 (P3). Na segunda coleta foram 7 na P1, 5 na P2 e 5 na P3. Para aquisição das amostras fecais presentes nas praças foram utilizadas luvas plásticas e as amostras foram armazenadas em potes plásticos próprios para o material. Em seguida foram acondicionadas e refrigeradas em caixas isotérmicas, e encaminhadas ao Laboratório de Doenças Parasitárias da Clínica Escola de Medicina Veterinária do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesmac para processamento das fezes. As amostras foram submetidas a métodos qualitativos, utilizando 3 técnicas diferentes: técnica de Flutuação, pelo método de Willis; técnica de centrifugação segundo método de Faust; e a de sedimentação por Hoffman. As três técnicas visam respectivamente a visualização de ovos leves, oocistos de protozoários e ovos pesados. Resultado: Todas as praças apresentaram amostras fecais, contudo a P1 teve um percentual de positividade menor, com 14,2% (1/7) na primeira coleta, seguidos da P2 com 46,1% (6/13) e a P3 66,6% (2/3). Na segunda coleta observou-se um percentual de amostras e positividade reduzidas, sendo a P1 e P3 negativas e apenas a P2 com 60% (3/5) de positividade. Possivelmente tal discrepância nos resultados se deva aos horários das coletas, onde o maior percentual obtido foi no horário matutino. Em todas as amostras analisadas positivas verificou-se a presença de ovos de Ancylostoma sp. Conclusão: Diante desses dados, observou-se que o Ancylostoma sp. encontra-se contaminando o solo das praças publicas, demonstrando assim, o potencial risco de transmissão para transeuntes nessas áreas. |