PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS DE HEPATITE VIRAL NO BRASIL NOS ULTIMOS 5 ANOS (2013-2017) |
As hepatites virais são doenças infecciosas, de transmissibilidade inter-humana, evolução aguda ou crônica que, pela alta morbidade universal, constituem importante problema de saúde pública. Os vírus A, B, e C são os responsáveis pela grande maioria das formas agudas da infecção. O Ministério da Saúde publicou a Portaria n° 2325/GM, que define a relação de doenças de notificação compulsória para todo o território nacional. Dentre estas, encontram-se as hepatites virais. Sendo assim, os casos suspeitos ou confirmados da doença são de notificação compulsória às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e ao Ministério da Saúde. Analisar os casos das hepatites virais (A, B E C) notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Brasil no período de 2013 a 2017. Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter descritivo retrospectivo, cujas informações foram coletadas de acordo com o período de 2013 a 2017, considerando todo o território nacional. Os dados foram obtidos por meio eletrônico através do tabulador de dados do DATASUS, designado TABNET, e posteriormente foram tabulados na ferramenta de suporte Microsoft Office Excel. Considerando o quantitativo total de casos das três hepatites confirmados no Brasil, foram notificados 185.409 casos, tendo maior quantitativo a hepatite C com 102.984 casos confirmados (55.5%), onde a região Sudeste desponta com 49.274 casos confirmados. A hepatite A é a segunda com maior prevalência com 76.328 casos confirmados, onde a regiões sul-sudeste representam um quantitativo de 48.639 (63.7%) e as demais regiões representa somente 36.3% dos casos confirmados. Sendo a hepatite B com menor quantitativo, totalizando 6097 casos confirmados. Onde a cidade de São Paulo, apresenta o maior número de casos confirmados dos três tipos de hepatite com 18.861 casos. De acordo com as informações obtidas, as regiões Sul-Sudeste apresentam o maior quantitativo de doentes. Pode-se inferir que os elevados números de casos de hepatite nessas regiões estão relacionados com a maior quantidade de notificações pelos profissionais de saúde desta região. Analisa-se, que há casos subnotificados, não sendo possível inferir em valores absolutos quantas notificações não são inseridas no SINAN. Ressalta-se que, a hepatite representa uma doença relevante no cenário nacional, visto que, os seus números de casos são expressivos. Sendo necessárias ações de vigilância assíduas, promoção da saúde e prevenção da enfermidade. |