PERFIL DAS PESSOAS PORTADORAS DE HIV/AIDS NO ESTADO DE ALAGOAS NO PERÍODO DE 2007 A 2016. |
O vírus da imunodeficiência humana(HIV) é um retrovírus que infecta os linfócitos T CD4+ através da sua interação com as glicoproteínas presentes na membrana. O vírus leva uma disfunção no sistema imunológico levando a uma diminuição dos linfócitos T e deixando o portador suscetível a diversas infecções de microrganismos oportunistas, causando assim a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). Segundo dados do Ministério da Saúde em 2014 o país registrou 26.277 novos casos de HIV, número este que continua crescente em todo país e vem sendo apresentado anualmente por meio de boletins epidemiológicos com base nos dados colhidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. Descrever a prevalência do HIV/AIDS no Estado de Alagoas no período de 2007 a 2016. Trata-se de um estudo descritivo, epidemiológico, de abordagem quantitativa. As informações foram acessadas por meio do site da Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas – SESAU, os dados foram coletados por meio do Boletim GEDT-Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis, da Superintendência de Vigilância à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas –SUVISA no período de junho de 2017. As informações disponibilizadas tiveram como fonte de dados o SINAN e correspondem ao período de 2007 a 2016. Foram notificados em Alagoas nos últimos dez anos 5.013 casos de HIV/AIDS, quantitativo este subestimado, pois apenas a partir do ano de 2014 passou a ser compulsória a notificação dos casos. Do quantitativo acima citado prevalecem pessoas do sexo masculino com faixa etária entre 20 e 39 anos de idade; em relação à distribuição de casos por munícipios alagoanos entre 2014 e 2016 os casos notificados são residentes de 90 municípios do Estado, tendo uma maior proporção de pessoas vivendo com AIDS os residentes em Maceió com 55,3% dos casos, seguido de Arapiraca e União dos Palmares. As pessoas com idade acima de 60 anos representam maior proporção de indivíduos com diagnóstico tardio, já a faixa etária de 20 a 59 anos tem apresentado redução no atraso da detecção.Conclui-se então que necessita-se do fortalecimento das campanhas, de prevenção e promoção , estas, mais direcionadas e efetivas especialmente para o público jovem do sexo masculino, grupo que lidera os índices de notificação e é indispensável à participação do Centro de Testagem e Aconselhamento nas ações nos serviços de saúde, para diagnosticar precocemente os casos de HIV/AIDS e capacitação dos profissionais da saúde. |