PREVALÊNCIA DE HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DE ALAGOAS NO PERÍODO DE 2006 ATÉ JUNHO DE 2017.
MONIKELLY CARMO DA SILVA 1, ANDREIVNA KHARENINE SERBIM1, VIVIANE KARLA NICÁCIO BEZERRA1, MARIA ANDRYELLE DOS SANTOS SILVA1, THAIANE DO CARMO WANDERLEY1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas , 2. UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
monikelly@outlook.com

As hepatites virais são doenças de distribuição universal, assintomáticas com evolução crônica insidiosa e sintomas inespecíficos. No grupo de doenças endêmico-epidemiológicas, representam importante problema de saúde pública no Brasil. Poucos estudos apresentam o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes portadores de hepatites diante do preenchimento incompleto da ficha de notificação. O preenchimento da ficha de notificação é uma ação no processo de vigilância e permite acompanhar a tendência da doença e avaliar as medidas de prevenção que vem sendo realizadas. Descrever a prevalência de hepatites virais notificados no Estado de Alagoas no período de 2006 até junho de 2017. Trata-se de um estudo descritivo, epidemiológico, com abordagem quantitativa. As informações foram acessadas por meio do site da Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas – SESAU. Os dados foram coletados por meio do Boletim GEDT - Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis, da Superintendência de Vigilância à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas – SUVISA no período de maio de 2017. No período de 2006 até junho de 2017 foram notificados no Estado de Alagoas 3.983 casos de hepatites virais, sendo desses: 2.204 casos de hepatite A, 1.324 de hepatite B e 455 de hepatite C. O Boletim ainda apresenta que do total de 102 municípios alagoanos de acordo com as notificações 15 destes não apresentam casos de hepatite B e 62 são silenciosos para a hepatite C. O boletim não apresenta diferenciação de zonas de residência desses indivíduos nem os classifica quanto ao sexo o que nos confirma o preenchimento incompleto da ficha de notificação por parte dos profissionais da saúde prejudicando assim a análise e o planejamento das ações que melhorariam as condições de saúde dos indivíduos. Diante dos resultados apresentados percebe-se que apesar da expansão de informações, oferta da testagem rápida nos serviços de saúde no Estado e das capacitações para os profissionais de saúde novas estratégias para divulgação das informações quanto às formas de transmissibilidade e tratamento das hepatites virais são necessárias, a fim de evitar a disseminação de novos casos.  E espera-se que a partir do preenchimento completo das fichas de notificação os dados caracterizem o público portador das hepatites e que com base nesses dados as ações de investigação e/ou fiscalização bem como os processos de trabalho sejam avaliados.



Palavras-chaves:  EPIDEMIOLOGIA, HEPATITES VIRAIS , NOTIFICAÇÃO