PLANTAS DE INTERESSE AO SUS COM ATIVIDADE ANTISCHISTOSSOMA: AS POSSÍVEIS ALTERNATIVAS TERAPĘUTICAS |
A esquistossomose, doença crônica originária da Ásia e África foi introduzida no Brasil, através do tráfico de escravos vindos da África. No Brasil, a doença é detectada em todas as regiões do país, estima-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas vivem em áreas sob o risco de contrair a doença, onde os principais acometidos são populações com baixo padrão socioeconômico e que vivem em áreas rurais, o que demonstra sua importância e impacto na saúde pública. Ademais, a esquistossomose é causada pelo agente etiológico Schitosoma mansoni , um platelminto parasita do gênero Schistosoma e classe Trematoda , que tem como hospedeiro intermediário caramujos de água doce e o homem como definitivo. De acordo com a epidemiologia, a transmissão ocorre com a eliminação dos ovos do Schistosoma, pelas fezes humanas, que em contato com a água eclodem e infectam os caramujos . Ao atingirem a forma de cercarias abandonam o mesmo e ficam na água onde poderão entrar em contato com outro humano, iniciando outro ciclo. Devido limitação, onerosidade, toxicidade e resistência dos quimioterápicos disponíveis para tratamento dessa doença, o objetivo desse resumo é expor as principais plantas de caráter antischistossoma que interessam ao SUS na atualidade, como possíveis alternativas terapêuticas. A metodologia usada foi pesquisa na internet nas bases de dados SCIELO (Scientific Eletronic Libraly Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde Fiocruz), Portal MS e Google Scholar, analisados 5 artigos científicos, de publicação no período de 2000 a 2018. De acordo com as pesquisas realizadas, o Tártaro emético, que já foi utilizado em grande escala, vem sendo reconsiderado para o tratamento da esquistossomose com menos toxidade que anteriormente. Foi observado, o combate às verminosas, inclusive esquitossoma, por meio da Chenopodium ambrosioides (mastruz) e Pilocarpus microphyllus (jaborandi) que faz parte da lista de plantas medicinais do SUS e são amplamente distribuídas nos biomas brasileiros. Por fim, conclui-se a evidente necessidade de busca por novas alternativas terapêuticas, dentre elas o uso etnofarmacológico de plantas com potencial atividade antishistossoma, pois as limitações dos fármacos convencionais corroboram a situação, além de se tornar mais acessível aos residentes de áreas rurais que muitas vezes não têm acesso fácil a centros urbanos ou postos públicos de distribuição. |