ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NO BRASIL: UMA REVISÃO
LARISSA DOS SANTOS SOUSA1, ALINE LIMA OLIVEIRA1, NATHYELLE MARIA SOUSA DE OLIVEIRA1, ANDREZA DANIELLY VIEIRA PEREIRA1, ANDYARA REIS BARROS1, JULIANA PINHO DA SILVA1, LUANNA SOARES DE MELO EVANGELISTA1
1. UFPI - Graduandas em Medicina Veterinária, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Piauí, 2. UFPI - Profº Dra. Departamento de Parasitologia e Microbiologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Piauí
larissasousa30@hotmail.com

Esquistossomose mansônica, também denominada de barriga d’água, é uma doença parasitária causada pelo trematódeo da espécie Schistosoma mansoni , que tem como hospedeiro intermediário (HI) moluscos do gênero Biomphalaria e o humano como definitivo, sendo um importante problema de saúde pública relatado em diversas regiões tropicais do mundo. Estima-se que essa doença tenha chegado ao Brasil durante a colonização portuguesa com o tráfico dos escravos, encontrando ambiente propício para o seu desenvolvimento. A transmissão ocorre através da penetração das cercárias na pele e/ou mucosas do hospedeiro humano e a migração do parasito incluem pele, sistema porta-hepático e veia mesentérica inferior, causando graves transtornos ao paciente. Este estudo teve como objetivo descrever os principais aspectos epidemiológicos da esquistossomose mansônica no Brasil. O trabalho foi organizado por estudantes de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Piauí, durante o mês de abril de 2018, onde foi realizada pesquisa bibliográfica em artigos científicos retirados de plataformas como SCIELO (Scientific Eletronic Libraly Online) e BVS (Biblioteca virtual em Saúde). Foram analisados 6 artigos com publicações datadas de 2012 a 2017. Na literatura consultada, foi possível perceber que a esquistossomose apresenta uma ampla distribuição geográfica no país, com condições ambientais e recursos hídricos favoráveis ao desenvolvimento de HI e formas evolutivas do parasito, tornando grande parte dos indivíduos vulneráveis à infecção. Estima-se que, inicialmente sua ocorrência era apenas rural, porém a partir da década de 90, houve registros de casos urbanos no Nordeste brasileiro. A esquistossomose é endêmica em populações de baixa renda, com saneamento básico precário e contato com coleções aquáticas contaminadas. Essa enfermidade manifesta-se nas formas aguda (reações pruriginosas na pele, reações pulmonares e toxêmicas) e crônica (diarreia muco-sanguinolenta, dor abdominal e tenesmo), podendo evoluir para quadros graves com hepatoesplenomegalia, varizes e ascite. A esquistossomose mansônica existe no Brasil com um alto índice de morbidade, portanto é imprescindível a conscientização da população sobre as formas de transmissão e medidas de prevenção da doença. A educação sanitária, saneamento básico adequado e controle dos HI é de suma importância para diminuir a prevalência dessa parasitose no país.



Palavras-chaves:  Schistosoma mansoni, educação sanitária, saúde pública