ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NO BRASIL: UMA REVISÃO |
Esquistossomose mansônica, também denominada de barriga d’água, é uma doença parasitária causada pelo trematódeo da espécie Schistosoma mansoni , que tem como hospedeiro intermediário (HI) moluscos do gênero Biomphalaria e o humano como definitivo, sendo um importante problema de saúde pública relatado em diversas regiões tropicais do mundo. Estima-se que essa doença tenha chegado ao Brasil durante a colonização portuguesa com o tráfico dos escravos, encontrando ambiente propício para o seu desenvolvimento. A transmissão ocorre através da penetração das cercárias na pele e/ou mucosas do hospedeiro humano e a migração do parasito incluem pele, sistema porta-hepático e veia mesentérica inferior, causando graves transtornos ao paciente. Este estudo teve como objetivo descrever os principais aspectos epidemiológicos da esquistossomose mansônica no Brasil. O trabalho foi organizado por estudantes de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Piauí, durante o mês de abril de 2018, onde foi realizada pesquisa bibliográfica em artigos científicos retirados de plataformas como SCIELO (Scientific Eletronic Libraly Online) e BVS (Biblioteca virtual em Saúde). Foram analisados 6 artigos com publicações datadas de 2012 a 2017. Na literatura consultada, foi possível perceber que a esquistossomose apresenta uma ampla distribuição geográfica no país, com condições ambientais e recursos hídricos favoráveis ao desenvolvimento de HI e formas evolutivas do parasito, tornando grande parte dos indivíduos vulneráveis à infecção. Estima-se que, inicialmente sua ocorrência era apenas rural, porém a partir da década de 90, houve registros de casos urbanos no Nordeste brasileiro. A esquistossomose é endêmica em populações de baixa renda, com saneamento básico precário e contato com coleções aquáticas contaminadas. Essa enfermidade manifesta-se nas formas aguda (reações pruriginosas na pele, reações pulmonares e toxêmicas) e crônica (diarreia muco-sanguinolenta, dor abdominal e tenesmo), podendo evoluir para quadros graves com hepatoesplenomegalia, varizes e ascite. A esquistossomose mansônica existe no Brasil com um alto índice de morbidade, portanto é imprescindível a conscientização da população sobre as formas de transmissão e medidas de prevenção da doença. A educação sanitária, saneamento básico adequado e controle dos HI é de suma importância para diminuir a prevalência dessa parasitose no país. |