PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE DO ESTADO DE PERNAMBUCO NOS ANOS DE 2012 A 2016 |
Introdução: A esquistossomose também conhecida como barriga d'água ou doença do caramujo é uma doença crônica causada por um parasita chamado Schistosoma. Há seis espécies desse parasita, contudo o que mais afeta os brasileiros é o Schistosoma Mansoni , já que é a única espécie existente no continente americano. Em Pernambuco, estado do nordeste brasileiro, o Schistosoma Mansoni está presente em 80% do litoral pernambucano, o que pode caracterizar a esquistossomose como uma doença endêmica nesse local. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da Esquistossomose no estado de Pernambuco no período de 2012 a 2016. Desenho de estudo: Trata-se de um estudo descritivo, documental e de abordagem quantitativa. Métodos: O trabalho foi realizado com base nos dados disponíveis sobre Esquistossomose registrados pelo Programa de Controle a Esquistossomose (PCE), disponíveis pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), para o estado de Pernambuco no período de 2012 a 2016. Foram analisadas as seguintes variáveis: população trabalhada, a quantidade da população que realizou os exames, a positividade e o número de casos tratados no período estabelecido. Resultados: Conforme os dados do PCE, de 869.541 pessoas que realizaram os exames nesse período entre 2012 e 2016, 3.63% apresentaram a doença. Desses 3.63%, 74.22% receberam o tratamento adequado para tal. Discussão: De acordo com o banco de dados acessado, o número de casos reduziu ao longo do período. Contudo, mesmo com o alto índice de pessoas tratadas, a taxa de indivíduos doentes que receberam esse tratamento sofreu um decréscimo. Em 2012, 80,58% dos casos foram tratados de acordo, mas já em 2016 apenas 61,68% sofreram a intervenção necessária. Conclusão: Essa pesquisa sobre a epidemiologia da esquistossomose em Pernambuco, possibilitada através dos dados do PCE, oportunizou o conhecimento sobre a significativa redução da doença no estado. Porém, é importante que exista uma contínua preocupação sobre os números de infectados e sobre a população a ser tratada dessa doença. Para que isso ocorra, torna-se essencial a divulgação desses dados com o intuito da profilaxia e do tratamento serem efetuados corretamente. |