ESTRONGILOIDÍASE: UMA ZOONOSE NEGLIGENCIADA
ALINE LIMA OLIVEIRA 1, ANDREZA DANIELLY VIEIRA PEREIRA 1, ANDYARA REIS BARROS1, LARISSA DOS SANTOS SOUSA1, NATHYELLE MARIA SOUSA DE OLIVEIRA1, LUANNA SOARES DE MELO EVANGELISTA 1
1. UFPI - Graduandas em Medicina Veterinária, Centro de Ciências Agrárias, Universidade de Federal do Piauí, 2. UFPI - Profª Drª Departamento de Parasitologia e Microbiologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade de Federal do Piauí
alinelimaoliveira1612@gmail.com

Estrongiloidíase é uma doença parasitaria intestinal, causa pelo nematódeo Strongyloides stercoralis que tem como hospedeiros os humanos, primatas, cães e gatos; e, como grande parte das enfermidades parasitarias, é um grande problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. Geralmente se apresenta de forma crônica e assintomática, entretanto, pode ocorrer em suas formas mais graves, principalmente em pacientes imunocomprometidos, nestes, com taxas de casos fatais acima de 70%. É predominante em crianças, mas pode acometer indivíduos de qualquer idade. A doença é transmitida por heteroinfecção, onde as larvas filarioides deste parasito penetram na pele do hospedeiro, por consumo de alimentos contento essas larvas e por autoinfecção. Essa parasitose possui distribuição mundial com predominância nas regiões tropicais, porém, estabelecer a presença de Strongyloides stercoralis em uma região é uma tarefa difícil. Esta pesquisa teve como objetivo revisar os principais aspectos epidemiológicos da estrongiloidíase. O trabalho foi organizado por estudantes de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Piauí, durante o mês de abril de 2018, onde foi realizada pesquisa bibliográfica em artigos científicos retirados de plataformas como como SCIELO, LILACS e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Foram analisados 5 artigos e um capítulo de livro, com publicações datadas de 2012 a 2018. De acordo com a literatura consultada, os indivíduos mais acometidos por esta parasitose são os de precária educação sanitária e hábitos de higiene, àqueles que não possuem acesso a saneamento básico, que costumam andar descalços e/ou que tenham contato direto com rios de água barrenta e solo pouco ou medianamente arenoso, locais preferenciais das larvas. Em indivíduos com integridade imunológica, geralmente a doença não se manifesta, porém em pacientes imunocomprometidos, um dos principais obstáculos para o seu controle é a probabilidade de exacerbação da autoinfecção e, consequentemente, a ocorrência de hiperinfecção e estrongiloidíase disseminada, podendo determinar um quadro de alta gravidade e mortalidade dos indivíduos. Conclui-se que é importante a realização de estudos sobre a prevalência da doença no país, suas formas de manifestação clínica, principalmente sobre a população mais vulnerável, além da realização de diagnóstico precoce e medidas de profilaxia e tratamento adequados.



Palavras-chaves:  autoinfecção , prevenção , Strongyloides stercoralis