Febre Amarela: Atualidades Sobre a Doença no Brasil
ALINE LIMA OLIVEIRA 1, ANDREZA DANIELLY VIEIRA PEREIRA 1, JULIANA PINHO DA SILVA 1, LARISSA DOS SANTOS SOUSA1, NATHYELLE MARIA SOUSA DE OLIVEIRA1, LUANNA SOARES DE MELO EVANGELISTA 1
1. UFPI - Graduandas em Medicina Veterinária, Centro de Ciências Agrárias, Universidade de Federal do Piauí , 2. UFPI - Profª Drª Departamento de Parasitologia e Microbiologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade de Federal do Piauí
alinelimaoliveira1612@gmail.com

A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa com grau de severidade variável. É endêmica em algumas regiões da África, onde os surtos nessas áreas causam grande impacto para a saúde pública. A doença é causada por um arbovírus da família Flaviviridae e transmitida pela picada de mosquitos fêmeas da família Culicidae, nos quais os gêneros Haemagogus e Sabethes fazem parte do ciclo silvestre e Aedes do ciclo urbano. A transmissão do ciclo silvestre é mais complexa, pois envolvem diferentes gêneros de mosquitos e macacos, principalmente os Allouata, Cebus, Ateles e Callithrix, já o ciclo urbano depende quase que exclusivamente do homem - mosquito (Aedes aegypti) - homem. Segundo a OMS, nos últimos anos, houve um retorno de áreas de circulação do vírus na África Ocidental e nas Américas, incluindo o Brasil. Esta pesquisa teve como objetivo descrever as atualidades sobre a febre amarela no Brasil. O trabalho foi organizado por estudantes de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Piauí, durante o mês de abril de 2018, onde foi realizada pesquisa bibliográfica em artigos científicos retirados de plataformas como SCIELO, LILACS, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde Fiocruz) e PortalMS. Foram analisados 5 artigos e uma reportagem, com publicações datadas de 2012 a 2018. De acordo com a literatura consultada, entre janeiro de 2016 e março de 2018, sete países da América Latina confirmaram casos de febre amarela, dentre eles o Brasil, e a mortalidade variou de 5 a 20% dos infectados. No país, foram registrados 1.131 casos da doença com aproximadamente 340 óbitos no período de julho de 2017 a março de 2018, sendo as regiões sudeste e o Distrito Federal os mais afetados. Atualmente, foram confirmados casos em humanos, primatas não-humanos e em mosquitos, em locais sem circulação do vírus há mais de 60 anos no estado de SP; aliada a incidência silvestre em áreas habitadas, tem-se o risco aparente da transmissão urbana da febre amarela. Vale ressaltar que muitos macacos são sensíveis ao vírus e a morte desses animais pela doença é um alerta aos órgãos de saúde pública. No Brasil, há algumas regiões com recomendação da vacina, sendo que até 2019 seja ampliada para todo o território nacional. Conclui-se que o monitoramento de óbitos entre os primatas não-humanos próximos a população, a vacinação de humanos em áreas endêmicas e o controle vetorial são de suma importância para evitar uma possível epidemia da doença no país.



Palavras-chaves:  febre amarela, prevenção , transmissão