ESTUDO COMPARATIVO DE TÉCNICAS PARASITOLÓGICAS NA DETECÇÃO DE ESTRUTURAS PARASITÁRIAS EM HORTALIÇAS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE JATAÍ-GO
LUANA THAMIRYS RIBEIRO DE LIMA1, LAURA VILELA SOUZA1, DAYANE MORAES 1, ROSÂNGELA MARIA RODRIGUES1
1. UFG - Universidade Federal de Goiás
dayanemoraes123@hotmail.com

Hortaliças como alface e a rúcula podem ser contaminadas por enteroparasitas através de água e solo contendo formas parasitárias provenientes de dejetos fecais ou pela manipulação da hortaliça em locais inapropriados, assim são consideradas importantes veículos de transmissão de doenças. O objetivo deste trabalho foi avaliar a contaminação parasitária por cistos, ovos, larvas de helmintos e oocistos de protozoários patogênicos/comensais para o homem em alface e rúcula comercializadas no município de Jataí-GO. As amostras foram compradas em quatro hortas, dois supermercados e uma feira urbana sendo de três produtores distintos, no município de Jataí-GO, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2017. As hortaliças foram lavadas manualmente e pinceladas separadamente em bandeja plástica com 200 mL de água destilada com Tween 80 a 1%. A água das lavagens foi filtrada em gaze cirúrgica de oito dobras, em seguida submetida à sedimentação espontânea por 24 horas ou à sedimentação por centrifugação a 1.500 rpm por 2 minutos. Para identificação dos parasitas procedeu-se a leitura do sedimento corado com lugol, em lâminas ao microscópio ótico. Foram obtidas 36 amostras sendo 21 de alfaces e 15 rúculas. Vinte e sete (75%) amostras apresentaram estruturas parasitária, 62% estava contaminada por Balantidium coli , 48% por larvas de nematoides de vida livre, 7% continham larvas de Strongyloides sp., 4% Ascaris sp., 22% Cystoisospora sp., 11% Entamoeba coli , 11% Entamoeba hartmanni entre outros contaminantes. A técnica parasitológica que teve maior positividade foi de sedimentação espontânea, com encontro de estruturas parasitárias em 66% das amostras analisadas e 8% para a sedimentação por centrifugação, com diferença estatística significante ( p = 0,0329). A alface foi considerada a hortaliça com o maior número de contaminantes (80%), enquanto sete amostras (60%) de rúcula foram positivas, não havendo diferença estatística significante na taxa de positividade nos diferentes tipos de hortaliças analisadas ( p = 0,1221). Das hortaliças provenientes de supermercados 83% tinham estruturas parasitárias, seguido de hortas (80%) e feira urbana (55,55%). A presença de estruturas parasitárias na maioria das amostras indica que essas hortaliças são um possível veiculo de transmissão de doenças na região, fazendo-se necessária orientação dos consumidores sobre a devida higienização.



Palavras-chaves:  enteroparasitas, hortaliças, transmissão