CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DOS CASOS DE MALÁRIA NOTIFICADOS NO ESTADO DE GOIÁS NO PERÍODO DE 2007 A 2015 |
Introdução: A malária é um importante problema de saúde pública. No Brasil, a transmissão desta doença está concentrada na região amazônica, área influente na expansão da malária para a região extra-amazônica onde o clima e o ambiente propiciam a continuidade do ciclo. Objetivo: O objetivo foi verificar a distribuição e aspectos sociodemográficos da malária autóctone e não autóctone no estado de Goiás, no período de 2007 a 2015. Métodos: Dos casos notificados de malária ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), foram analisadas as seguintes variáveis: estado de notificação, estado de infecção, município de infecção e notificação, raça/cor, sexo, faixa etária, escolaridade e zona de residência. Resultados e DIscussão: Neste período, de 610 casos de malária notificados no estado, 476 (78,03%) são do sexo masculino e 134 (21,97%) do sexo feminino, com maior frequência em indivíduos de 20 a 39 anos de idade correspondendo a 321(52,62%) dos casos notificados. A maioria foi de pardos 396 (64,92%), residentes à zona urbana os quais eram 531 (84,69%) do total. O coeficiente médio de incidência para malária foi de 1,10 casos por cada 100.000 habitantes. Verificou-se 38 (6,23%) notificações autóctones e não houve diferença estatística significante entre os casos autóctones e não autóctones, por ano. As macrorregiões centro oeste, centro norte e sudoeste apresentaram maior incidência no período analisado, com 437 (71,64%), 68 (11,15%) e 44 (7,21%) casos, respectivamente. Conclusão: O número de registros foi baixo, entretanto, salienta-se a importância do acompanhamento de casos devido à presença de vetores e ambiente propícios à transmissão da doença. |