OFIDISMO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
NÁGILA THALITA DA SILVA LIMA NÁGILLA THALITA1, TATIANA LEITE BARBOSA ARAÚJO DOS SANTOS 1, OLIVEIRA LIMA MARIA DE LARA1, SILVA DE ARAÚJO BRUNO VINÍCIUS1, COSTA PRISCILA OLIVEIRA1, DE ARAÚJO LUISA TEIXEIRA1, LEITE ALEXANDRO IRIS1
1. UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-árido
tatianaleite.bas@gmail.com

Os acidentes ofídicos representam um sério agravo à saúde pública nos países tropicais devido a frequência com que ocorrem, além da morbidade e mortalidade ocasionadas. Sua ocorrência está, geralmente, relacionada à fatores climáticos e ao aumento da atividade humana no campo. O objetivo do estudo foi conhecer e descrever as características epidemiológicas do ofidismo no estado do Rio Grande do Norte. A pesquisa compreendeu uma abordagem descritiva realizada a partir do banco de dados do Sistema de Informação em Saúde – DATASUS, do Ministério da Saúde. Foram avaliados os casos de ofidismo no Estado do Rio Grande do Norte, no período de 2007 a 2016. As variáveis abordadas foram: número de casos, número de óbitos, letalidade, tipo de serpente, distribuição mensal, sexo, faixa etária, tempo de atendimento, gravidade do acidente e município de ocorrência. Os resultados mostraram que no período analisado ocorreram 2.824 notificações por ofidismo com 12 óbitos no estado do Rio Grande do Norte, conferindo uma letalidade de 0,4%. A maioria dos acidentes ofídicos foi ocasionada por serpentes do gênero Bothrops (62,7%), aconteceu no período entre os meses de junho a agosto (34,2%), em pessoas do sexo masculino (76,6%) e na faixa etária produtiva de 20 e 59 anos (62,2%). O tempo de atendimento desde o acidente até o atendimento médico foi, na maioria das vezes, de até três horas (61,7%) e a classificação do acidente foi, em geral, categorizado como de gravidade leve (68,0%). Em relação à distribuição espacial, o ofidismo aconteceu em 164 municípios do estado (98,2%), com destaque para Santa Cruz, Mossoró e Natal, que registraram respectivamente 147, 157 e 274 casos. Com base nos dados apresentados, o ofidismo é um agravo relevante no Estado no Rio Grande do Norte, necessitando de medidas de promoção da saúde e prevenção dos acidentes, direcionadas para as populações e os indicadores epidemiológicos de risco.



Palavras-chaves:  animais peçonhentos, epidemiologia, saúde pública