ESTUDO DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS SUSPEITOS DE INFECÇÃO PELO VÍRUS DENGUE NOTIFICADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DE ALAGOAS NO ANO DE 2017
MARIA CLARA DE ARAÚJO CAVALCANTE1,2, LYCIA GAMA MARTINS1,2, ELANE CONCEIÇÃO DOS SANTOS 1,2, FÁBIO EMANUEL FRANÇA DOS SANTOS1,2, WANESSA VERAS MARTINS1,2, ANTÔNIO ASSIS SANTIAGO SANTANA1,2, JAMIELE TANIELE-SILVA1,2, LETÍCIA ANDERSON1,2, ALESSANDRA ABEL BORGES1,2, ADRIANA ÁVILA MOURA1,2, ÊNIO JOSÉ BASSI1,2
1. LAPEVI/ICBS/UFAL - Laboratório de Pesquisas em Virologia e Imunologia, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Alagoas, 2. FAMED/UFAL - Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Alagoas, 3. CESMAC - Centro Universitário CESMAC, 4. HEHA - Hospital de Doenças Tropicais Dr. Hélvio Auto
ELANE.SANTOS@ICBS.UFAL.BR

A infecção pelo vírus Dengue (DENV) é caracterizada como uma doença febril aguda com erupções exantemáticas, podendo ter uma evolução branda na sua forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Este trabalho teve como objetivo realizar uma análise clínico-epidemiológica dos casos suspeitos para essa patologia notificados em um hospital de referência para atendimento de arboviroses em Alagoas (Hospital Escola Hélvio Auto - HEHA) no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2017. Para isso, foram coletadas informações a partir do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital presentes nas fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN) sendo os dados compilados em planilhas do Microsoft Excel. No ano de 2017, foram notificados 74 casos suspeitos de infecção pelo DENV no HEHA sendo 56% (n=42) dos casos em pacientes do sexo masculino e 44% (n=32) do sexo feminino. Dentre os casos notificados em 50% das situações o quadro clínico foi classificado como sendo de Dengue Clássica apresentando os sintomas de febre, mialgia e cefaleia. No entanto, em 6 pacientes foi detectado o quadro de dengue com sinais de alarme cujos sintomas reportados foram dor abdominal, plaquetopenia abrupta e hemorragias. Além disso, foi verificado uma taxa de hospitalização de 25% dos casos totais notificados. A faixa etária entre 21 e 64 anos foi a mais acometida (60% dos casos), seguida pela faixa etária infanto-juvenil (35% dos casos). No entanto, em apenas 45% dos casos suspeitos (n=34) foi realizada a pesquisa de anticorpos IgM anti-DENV o principal método utilizado, onde observou-se que em 41% o resultado foi positivo (n=12/29). O maior número de casos foi reportado na região urbana, sendo 75% dos casos provenientes de Maceió, seguido de Murici (9%) e Marechal Deodoro (4%). Todos os casos notificados evoluíram para cura. Assim, este trabalho apresenta um panorama do perfil clínico-epidemiológico dos casos suspeitos de infecção pelo DENV no hospital de referência em Alagoas para o atendimento deste agravo de saúde, contribuindo para ações e políticas públicas de prevenção e tratamento desta doença no âmbito da saúde coletiva.



Palavras-chaves:  Vírus Dengue, Arbovirose, Epidemiologia