ANÁLISE DO EFEITO DA PRIMAQUINA NA INFECÇÃO DE Anopheles aquasalis
GLENDA QUARESMA RAMOS1,2,4, FRANCYS SAYARA ANDRADE DE ARAÚJO1,2,4, ÍRIA CABRAL RODRIGUES1,2,4, WUELTON MARCELO MONTEIRO1,2,4, STEFANIE COSTA PINTO LOPES1,2,4
1. UEA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS, 2. FMT-HVD - FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DOUTOR HEITOR VIEIRA DOURADO, 3. ILMD - Instituto Leônidas & Maria Deane , 4. IPCCB - INSTITUTO DE PESQUISA CLÍNICA CARLOS BORBOREMA, 5. CACM - Colônia Agostinho Cruz Marques
gq.ramos@hotmail.com

A malaria é uma doença que acomete mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, 99% dos casos ocorrem na Amazônia, sendo P. vivax a espécie predominante. O aumento de casos notificados no ultimo ano têm elevado a busca de ações que possam ter impactos na diminuição de casos da malária, dentre elas, as estratégias de bloqueio de transmissão do parasita ao vetor e consequentemente, do vetor ao homem.Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da primaquina na infectividade do Anopheles aquasalis por P. vivax . Os pacientes selecionados, foram alocados em dois grupos de tratamento Cloroquina (CQ) e Cloroquina + Primaquina (CQ+PQ), amostras de sangue foram coletadas em dois tempos, antes do início do tratamento (T0) e 2h após o tratamento (T1). Para a infecção experimental dos anofelinos, foram utilizadas amostras de sangue total (ST) e sangue processado (SP), no qual o plasma do paciente foi substituído por Soro AB (hematócrito de 40%). Sete dias após a infecção, os intestinos médio dos mosquitos foram dissecados, corados e observados ao microscópio óptico para a contagem de oocistos.A taxa e intensidade da infecção foram analisadas pelo programa estatístico GraphPadPrism 5.0. Para todas as análises o p foi considerado significatico quando p < 0,05.O tratamento com a CQ não teve impacto na taxa e intensidade de infecção, uma vez que não houve diferenças significativas entre estes parâmetros nos dois tempos neste grupo de tratamento. No entanto, foram observadas diferenças estatísticasentre o T0 e T1 na taxa de infecção ( p = 0,027 ) e intensidade da infecção (p < 0,0001) no grupo de tratamento com CQ+PQ quando infectado com as amostras de ST. Desta maneira, nossos dados sugerem que a PQ tem potencial atividade esporontocida, podendo também ter um papel no bloqueio de transmissão deste parasita.



Palavras-chaves:  ANTIMALÁRICOS, BLOQUEIO DE TRANSMISSÃO, GAMETÓCITOS, INFECTIVIDADES