EFICIÊNCIA DA TERAPIA GÊNICA EM PACIENTES PORTADORES DO HIV-1
TAYNÁ EVILY DE LIMA 1, MARIA IZABELY SILVA PIMENTEL1, KARLLA MAYARA NUNES DE SOUSA1, JENYFFER SABRYNA COSTA DO NASCIMENTO1, ANA CECÍLIA ALBUQUERQUE1
1. ASCES-UNITA - Centro Universitário Tabosa de Almeida
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O Vírus da imunodeficiência humana (HIV) pertence à família Retroviridae sendo o responsável pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), que é o estado clínico mais avançado causado pelo vírus, sendo transmitido pelas vias sexual, parenteral ou vertical. O HIV diferencia-se no tipo 1 e 2, porém HIV-1 é o mais patogênico e endêmico no mundo, o HIV-2 apresenta maior incidência na África Ocidental e Ásia. A AIDS é um problema de saúde pública em todo o mundo, devido a sua distribuição endêmica e a alta gravidade da doença, que leva a imunossupressão profunda do paciente. O trabalho visa relatar a utilização e o mecanismo de ação da terapia gênica em pacientes portadores do HIV-1. Foi realizada uma revisão de literatura narrativa. Utilizou-se das bases de dados Science Direct, Scielo e PubMed, artigos entre os anos 2008 a 2018, por meio dos seguintes descritores: Human Immunodeficiency Virus, Gene Therapy e HIV Infection. Foram elegidos artigos em português e inglês de revisão e experimentais que apresentaram título e resumo de acordo com o tema, totalizando 25 artigos utilizados. A terapia gênica baseia-se na utilização de células progenitoras hematopoiética, que são editadas por lentivírus que introduzem ZincFingerNuclease (ZFN), a fim de quebrar a cadeia de genes responsável pela codificação do CDR5 culminando na deleção dos 32 nucleotídeos responsáveis pelos genes. Portanto, sem a presença do co-receptor, o linfócito T CD4 + não se infecta e assim não há aumento da carga viral. Atualmente a forma de tratamento para pacientes HIV positivo é por meio da associação de antirretrovirais, que traz muitos efeitos adversos dificultando a adaptação e a utilização adequada dos medicamentos, aumentando assim a carga viral do paciente. Essa terapia tem o objetivo de atuar nas fases da replicação do vírus, por mecanismos de ação diferentes, a fim de impedir a multiplicação viral. Dessa forma, estudos vêm mostrando como forma alternativa de tratamento da infecção por HIV-1, a utilização da terapia gênica, com objetivo de eliminar expressão do co-receptor CDR5 que é necessário para a entrada do vírus no linfócito T CD4 + . A terapia gênica, apesar de ainda não eliminar completamente a carga viral do paciente é um caminho que pode levar a cura dos portadores do HIV. Além disso, traz grandes vantagens, pois apresenta menos toxicidade que o tratamento convencional e conseqüentemente diminuindo os efeitos colaterais.         

      



Palavras-chaves:  Co-receptores, Terapia gênica, Vírus da imunodeficiência humana