ASPECTOS CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS DA CROMOBLASTOMICOSE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
HALANA LIRENA NAOMA LIMA DE OLIVEIRA 1, ANA EMÍLIA DE MEDEIROS ROBERTO1, KAROLAYNE SILVA SOUZA1, MARCOS AURÉLIO SANTOS DA COSTA1, MATHEUS CARVALHO BRITO LEITE1, LETÍCYA SIMONE MELO DOS SANTOS1, GÁBATA DE FÁTIMA GOMES DA SILVA1, FLÁVIA STEFFANY LEITE MIRANDA1, MILENA ROBERTA FREIRE DA SILVA1, REGINALDO GONÇALVES DE LIMA NETO1
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 2. FASETE - Faculdade Sete de Stembro
halanalirena@gmail.com

Cromoblastomicose, também conhecida como cromomicose, é uma micose profunda e granulomatosa que acomete a pele e o tecido subcutâneo, sendo causada por fungos pertencentes à família Dematiaceae , a inoculação fúngica ocorre no organismo por meio de traumas ou ferimentos, as espécies isoladas mais frequentemente são Fonsecea pedrosoi, Phialofora verrucosa, Cladosporium carrionii e Rhinocladiella aquaspersa . Tem distribuição mundial, sendo mais prevalente em países tropicais e subtropicais. Este trabalho tem como objetivo descrever os principais aspectos clínicos e abordagens terapêuticas frente à cromoblastomicose. Para esta revisão de literatura, foi realizado levantamento bibliográfico através de bancos de dados como NCBI, Scielo, Science Direct, LILACS e Portal Capes. Foram analisados artigos publicados no período de 2000 a 2018. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram obtidos 18 trabalhos publicados em português e inglês, incluindo artigos originais e de revisão, dos quais 02 foram excluídos por não apresentarem texto integral disponível e 01 por apresentar duplicidade de dados. As manifestações inicias da micose incluem pequenas pápulas cor da pele no local da inoculação que evoluem para nódulos e placas vegetantes verrucosas que podem confluir, dando aspecto de uma massa em “couve-flor”, acomete predominantemente os membros inferiores e é mais comum em homens, estando associada ao trabalho rural. A evolução é crônica, lentamente progressiva ou assintomática, o período mais curto entre o surgimento das lesões e a procura de atendimento médico foi de 2 meses e o mais longo de 30 anos, pode ainda apresentar infecções secundárias como linfedema, elefantíase, outras micoses e mais raramente  predispor neoplasias malignas.  Há três modalidades terapêuticas, a física que inclui a exérese excisional, além da amputação em casos mais graves; a termoterapia por criocirurgia e fotocoagulação com laser e a quimioterápica com os antifúngicos: itraconazol, cujo uso isolado em estágios inicias tem boa resposta,  terbinafina e iodeto de potássio prevalentemente; podendo ser empregada a combinação de mais de uma destas. O sucesso do tratamento está relacionado ao agente causal, à forma clinica e à extensão das lesões. O padrão ouro diagnóstico é a biópsia que permite isolar o agente e correlacionar achados histológicos e micológicos, e é útil para o diagnóstico diferencial com outras patologias, como leishmaniose e tuberculose cutânea.



Palavras-chaves:  Manifestações clínicas, Micose, Tratamento