IDENTIFICAÇÃO DE INFECÇÕES DO TRATO REPRODUTIVO EM MULHERES ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
DAYANA CECILIA DE BRITO MARINHO 1, DÉBORA MARIA DA SILVA XAVIER1, ISABELA LEMOS DA SILVA1, LARISSA FARIAS BOTELHO1, LEIDYANNE SOARES GOMES1, RAQUEL DA SILVA CAVALCANTE1, LILIANE SOARES GOMES1, VIVIANE ROLIM DE HOLANDA1, MARIANA BOULITREAU SIQUEIRA CAMPOS BARROS1
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
DAYANABRITOMARINHO@HOTMAIL.COM

Verifica-se nas consultas ginecológicas que mais da metade das mulheres apresentam alterações no fluxo vaginal pelo menos uma vez em suas vidas. É importante destacar que a prevalência dessas alterações pode sofrer variações de acordo com a localidade e população. Nessa perspectiva, os problemas ginecológicos configuram-se como enfermidades relevantes à saúde da mulher pela sua elevada frequência e multiplicidade de agentes, como também pelo seu reflexo negativo no aspecto emocional e reprodutivo. O presente estudo tem por objetivo identificar a frequência das infecções do trato reprodutivo em mulheres atendidas em uma unidade de atenção primária à saúde, na região da zona da mata de Pernambuco. Trata-se de um estudo retrospectivo, documental, de corte transversal, realizado com 361 registros de mulheres na faixa etária dos 14 aos 87 anos. Para a análise, procedeu-se a distribuição das frequências absolutas e relativas das variáveis coletadas, assim como medidas de tendência central e de dispersão, e representados por tabelas através do programa estatístico EpiInfo versão 7.1.5.2. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com CAAE nº 54417916.2.0000.5208. A Gardnerella vaginalis (16,62%) foi o agente microbiológico mais frequente que os demais causadores de infecções do trato reprodutivo; os microrganismos foram mais prevalentes na faixa etária de 25-34 anos. A equipe de saúde deve estar atenta às orientações relacionadas à vaginose bacteriana, uma vez que esta se configurou como a mais prevalente afecção nas mulheres usuárias do serviço, considerando o tratamento empregado após o diagnóstico microbiológico. O elevado número de registros de mulheres jovens deve-se ao maior cuidado com a saúde íntima, pois se sugere que estas se encontram em pleno exercício da atividade sexual, e tem maior acesso a informação e aos serviços de saúde. Sob o ponto de vista dos benefícios do cuidado à saúde da mulher, na atenção primária, incentiva-se a atuação profissional no sentido de promover ações de educação em saúde visando a conscientização de mulheres das diversas faixas etárias, sobre a relevância das ITR’s.



Palavras-chaves:  Saúde da Família, Saúde da Mulher, Teste de Papanicolaou