MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DA ESPOROTRICOSE EM HUMANOS |
A esporotricose é uma micose cutânea ou subcutânea, de evolução subaguda ou crônica na maior parte dos casos, que costuma afetar a pele e os vasos linfáticos próximos ao local da lesão. É uma doença granulomatosa crônica de relevância mundial causada pelo fungo saprófita dimórfico Sporothrix schenckii, que pode ser encontrado em ambientes úmidos e quentes como no solo, nas plantas, nas cascas de árvores, nos vegetais e nos materiais em decomposição. No Brasil, em 1907, foram descritos os primeiros casos de esporotricose em seres humanos e ratos. A pesquisa em questão objetiva descrever as formas de diagnóstico da esporotricose, em humanos, presentes na literatura analisada. O estudo metodológico empregado teve como base a revisão interativa sendo utilizados apenas textos completos e disponíveis na íntegra, uso de filtros de temporalidade, onde utilizou-se artigos referentes aos últimos 15 anos, sendo a pesquisa realizada através das bases de dados. Com isso, totalizou-se 146 artigos após aplicação de todos os filtros, dos quais 8 foram eleitos para a produção do presente estudo. O diagnóstico de esporotricose baseia-se no isolamento e identificação do agente em cultura. Além disso, ela pode ser diagnosticada através da correlação de dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. Dados laboratoriais incluem o exame direto (citologia do exsudato das lesões) ou o exame histopatológico. A técnica de imuno-histoquímica também é útil no diagnóstico, porém está disponível somente em alguns centros diagnósticos, pela ausência de anticorpos comerciais. Como em alguns casos a suspeita de esporotricose ocorre somente durante o exame histopatológico e, portanto, as amostras já se encontram fixadas em formol, é importante reconhecer detalhadamente as características histomorfológicas e histoquímicas para realizar o diagnóstico. Com relação ao diagnóstico, o quadro clínico característico da forma linfocutânea e a história epidemiológica fazem com que somente casos de maior complexidade, envolvendo gestantes, pacientes infectados pelo HIV e formas atípicas sejam encaminhados a unidades de referência como o IPEC/Fiocruz. Deve-se salientar a importância de um diagnóstico rápido e preciso, evitando, dessa forma, maiores complicações da doença. O tratamento deve ser realizado com eficácia, nunca se esquecendo de prolongar a administração das drogas empregadas no período, mesmo após a cura clínica. |