SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) ASSOCIADA AO VÍRUS INFLUENZA SUBTIPO A/H1N1 NO CEARÁ.
BRIDA MAGALHÃES TEIXEIRA MACÊDO 1, ISAAC CARIOCA DE OLIVEIRA1, NATÁLIA BITU PINTO1, REBECA KAROLLYNE ROLIM RIBEIRO1, RAYLLANE SANTOS NUNES1, RAFHAEL MAIA SANTIAGO1, EDILMAX ARAÚJO MARQUES DOS SANTOS1, ANTÔNIO WELLINGTON GRANJEIRO BATISTA DE FREITAS1
1. UFCG - Universidade Federal de Campina Grande
MAGALHAESMARA8@GMAIL.COM

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma doença associada a uma diversidade de vírus, entre eles o Influenza . O vírus influenza passa por constantes mutações, suscitando novas epidemias em populações não imunizadas àquelas cepas mutantes. Tal situação epidemiológica exige estratégias que visem o combate eficiente a novos surtos epidemiológicos, visto que a SRAG provoca insuficiência respiratória progressiva grave que, se não tratada, pode levar a óbito. O presente trabalho visa explanar como o Ceará está combatendo surtos de SRAG associados ao influenza , com o objetivo de promover a exploração destas medidas por outros Estados, utilizando como base de dados os boletins epidemiológico das  Semanas Epidemiológicas/2018 disponibilizados pela Secretaria de Saúde do Ceará através de estudo observacional descritivo. O vírus influenza segue como responsável pela elevação de casos de SRAG no Ceará, onde foram confirmados 405 casos relacionados somente ao vírus até junho de 2018. Dos  casos confirmados, 285 (70,4%) são relacionados ao subtipo A/H1N1, seguido pelo subtipo B, registrando 86 casos (21,2%). Neste ano, foram registrados 115 óbitos por SRAG, sendo destes 63 (54,7%) causados por influenza e destes causados por influenza, 49 (77,8%) relacionados à influenza A. Um dado relevante a se considerar é que apenas 4,8% (3/63) dos óbitos causados por influenza tinham histórico de vacina, refletindo a importância dessa medida profilática na imunidade da população, concretizando-se em resultados como a queda do número de notificações e casos confirmados de influenza após início da campanha de vacinação. Entre as iniciativas realizadas pelo Estado para o com bate aos surtos epidemiológicos está a  campanha de vacinação bem executada, sendo o Ceará o primeiro Estado do Nordeste e terceiro do país a ter a meta de vacinação atingida (90% da população, pertencentes aos grupos prioritários, vacinada). Dentre as diversas ações para o enfrentamento da influenza, destacam-se a produção e a liberação de boletins epidemiológicos semanais com dados atualizados e sólidos que servem como guia para os gestores municipais; a capacitação dos profissionais de saúde sobre coleta de material e investigação para pesquisa do vírus influenza; além da realização de webpalestras com infectologistas sobre o manejo clínico adequado dos pacientes com SRAG que possuem fatores de risco para complicação. Dessa forma, o Ceará pode ser utilizado como modelo a se seguir por outros Estados.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Síndrome respiratória aguda grave, Vírus da influenza A subtipo H1N1