MEDICINA DE VIAGEM: OS DESAFIOS DA ADESÃO DOS VIAJANTES A MEDIDAS QUIMIOPROFILÁTICAS CONTRA A MALÁRIA
CARINE RAMOS ACCIOLY DE BARROS1, FELIPE CAMILO SANTIAGO VELOSO1, ÉRICO RAFAEL BARROS DE GUSMÃO VERÇOSA1, KAROLAYNE SILVA SOUZA1, JOSÉ RIVALDO DE LIMA1, MEYKSON ALEXANDRE DA SILVA1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas, 2. UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 3. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 4. FASETE - Faculdade Sete de Setembro, 5. UFPE/CAV - Universidade Federal de Pernambuco/Centro Acadêmico de Vitória, 6. UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco
JOSE.RIVALDO@HOTMAIL.COM

A malária está entre as doenças que mais acometem os viajantes, apesar de ter uma distribuição geográfica restrita. A quimioprofilaxia mostrou-se ser o tratamento preventivo de maior eficiência por sua praticidade e proteção aos viajantes. Contudo, a baixa adesão às medidas quimioprofiláticas é um obstáculo à resolução dessa enfermidade e, por isso, ações de profissionais da saúde em elucidar a importância da prevenção são necessárias, reduzindo, assim, a possibilidade de surgimento de uma epidemia. O presente estudo teve como objetivo fazer uma revisão de literatura e analisar os desafios da adesão dos viajantes às medidas quimioprofiláticas contra a malária. A metodologia usada foi a análise de artigos nas bases de dados MEDLINE via PubMed, LILACS via Bireme e SciELO. Os resultados apontaram que as medidas quimioprofiláticas envolvem principalmente o uso de medicamentos – a exemplo da Mefloquina - e de vacinas, os quais são de fácil posologia e que, se utilizados antes da viagem, tem grande possibilidade de proteção contra a malária. Entretanto, apesar dessa praticidade, observou-se um dado interessante: as viagens à lazer e realizadas por mais jovens mostraram-se ser um fator de não-adesão à quimioprofilaxia malárica. Assim, o esquecimento em tomar o remédio bem como o incômodo em seguir as orientações médicas são alguns relatos relacionados à baixa adesão à quimioprofilaxia. Além disso, o acesso à informação sobre a prevenção, apesar de todos os dispositivos disponíveis, não está sendo efetivo. Uma possível explicação a essa problemática reside no fato de um trabalho ainda singelo das agências de viagem e dos profissionais de saúde. Um outro ponto que merece ressalvas consiste na influência positiva dos planos de saúde em relação à adesão quimioprofilática, assim, contribuindo para a redução dos enfermos. Portanto, a adesão às medidas quimioprofiláticas contra a malária é de extrema importância, possibilitando um entrave à disseminação da doença nos países-destino dos viajantes. A necessidade de coparticipação entre os profissionais de saúde e as agências de turismo torna-se essencial à prevenção e ao incentivo à adesão quimioprofilática, garantindo, desta forma, a realização de uma viagem plácida e segura.



Palavras-chaves:  Doença Malárica, Prevenção, Mefloquina