AVALIAÇÃO DE EXTRATOS DE LARVAS IN NATURA E LIOFILIZADAS DE Aedes aegypti E Culex quinquefasciatus NA OVIPOSIÇÃO INTRA E INTERESPECÍFICA
MAIARA SANTOS DE MENEZES 1, GABRIEL BEZERRA FAIERSTEIN1, ANDRÉA KARLA LEMOS DA SILVA SENA1, ROSÂNGELA MARIA RODRIGUES BARBOSA1
1. IAM - Instituto Aggeu Magalhães / FIOCRUZ-PE
maiarasdm@gmail.com

Ações de controle de mosquitos urbanos transmissores de doenças vem sendo prioridade em vários países. Dentre as espécies, ganham destaques Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus , por estarem implicados na transmissão de patógenos e estabelecidos em todos os continentes. É descrito no manual de controle de vetores da Organização Mundial da Saúde, que devem ser priorizados os métodos sustentáveis de controle populacional, e que sejam baseados na ecologia e no comportamento do vetor. Estudos sobre comportamento de mosquito demonstraram que durante a avaliação de sítios de oviposição por fêmeas grávidas, os que apresentam sinais químicos secundários do desenvolvimento larvário influenciam positivamente na escolha dos criadouros. Este estudo teve como objetivo avaliar extratos de larvas in natura e liofilizadas de A. aegypti e C. quinquefasciatus na atividade de oviposição intra e interespecífica em condições de laboratório. Os extratos de larvas in natura e larvas liofilizadas foram feitos na proporção de 3 ml de água destilada/larva e avaliados separadamente com um controle. Os extratos foram filtrados e transferidos em recipientes de vidro (150 ml), enquanto os recipientes controles apresentavam apenas água destilada (150 ml). Nos ensaios com A. aegypti , foi utilizado papel filtrante como substrato de oviposição. Os ensaios duraram 7 dias e cada avaliação foi repetida 12 vezes. Os resultados foram analisados pelo índice de atividade de oviposição (IAO), teste de ANOVA e Wilcoxon. Avaliando extratos larvais de A. aegypti com fêmeas intraespecíficas, foram coletados significativamente mais ovos (P=0,0005) nos recipientes tratados com os extratos de larvas in natura e liofilizadas (ANOVA P=0,9422). No entanto, avaliando o mesmo extrato com fêmeas de C. quinquefasciatus só houve diferença significativa (P=0,0024) nos recipientes tratados com extratos in natura . Já as avaliações com extratos larvais de C. quinquefasciatus com fêmeas de A. aegypti, coletaram significativamente (P=0,0313) ambos os tratamentos (ANOVA P=0,9425). Dessa forma, concluímos que extratos de larvas podem ser utilizados em armadilhas como estimulantes de oviposição para fêmeas de Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus .



Palavras-chaves:  controle de vetores, ecologia de vetores, oviposição