EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO À HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DO RECIFE-PE, 2018.
ARIANE CRISTINA BEZERRA SILVA MARTINS 1, SÂMMEA GRANGEIRO BATISTA1, MORGANA CRISTINA LEÔNCIO LIMA1, ANA SOFIA PESSOA DA COSTA CARRARINE1, ELIANE GERMANO1, JAILSON DE BARROS CORREIA 1, MARIA EDUARDA MORAIS LINS1, AMANDA QUEIROZ TEIXEIRA1, ANA PRISCILA DUARTE DE AGUIAR1, JÉSSIKA MARIANA BRANDÃO SILVA 1, MÔNICA SOUSA DE MENEZES1, TALLITA VIANA FERRAZ1, EDVALDO LESSA1
1. SESAU - Secretaria de Saúde do Recife
acbsmartins@gmail.com

A hanseníase é uma doença transmissível, com alto poder incapacitante. O preconceito, o estigma e a falta de conhecimento dos profissionais de saúde em relação à hanseníase é um desafio ao controle da doença. Foi objetivo deste trabalho desenvolver educação permanente em saúde como estratégia de enfrentamento à hanseníase no município do Recife. O estudo é descritivo, do tipo relato de experiência. A estratégia de educação permanente foi desenvolvida em parceria com o Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde como parte integrante das atividades do projeto: “Abordagens inovadoras para intensificar esforços para um Brasil livre da hanseníase”. As atividades ocorreram de 9 a 13 de abril de 2018, através da atualização teórica sobre o tema com metodologia expositivo-dialogada, capacitação em serviço para manejo clínico e avaliação do grau de incapacidade e atividades de educação em saúde na comunidade. Foram treinados em manejo clínico e avaliação do grau de incapacidade 75,8%(555/732) dos profissionais (médicos, fisioterapeutas, enfermeiros(as) e terapeutas ocupacionais) na teoria e 65,4% (479/732) na prática. Em prevenção do estigma e da discriminação da hanseníase foram treinados 70,1%(453/646) dos profissionais (agentes comunitários de saúde, psicólogos e assistentes sociais) na teoria e 79,1% (511/646) na prática. As atividades realizadas incluíram atendimento a pacientes em tratamento, exame de contatos e/ou suspeitos e educação em saúde na comunidade, através de visita domiciliar, roda de conversa e abordagem individual. Participaram das atividades práticas (atendimentos) 126 pacientes e 44 contatos e/ou suspeitos de hanseníase. Foram diagnosticados 20 casos novos de hanseníase, entre esses 4 menores de 15 anos. A educação permanente em saúde através da aquisição do conhecimento, habilidades e mudanças comportamentais torna-se uma estratégia de formação e reflexão crítica da prática profissional, possibilitando a transformação e qualificação de ações de cuidado às pessoas atingidas pela hanseníase. Evidenciamos a importância da formação e qualificação em hanseníase para os profissionais, como forma de impactar as atividades de controle da hanseníase, em especial o diagnóstico precoce, a realização dos exames de contato, a avaliação do grau de incapacidade e a redução do preconceito à hanseníase.



Palavras-chaves:  Atenção primária à Saúde, Educação Permanente, Hanseníase