MONITORAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE RESISTENTE NO MUNICÍPIO DO RECIFE-PE, 2015-2018.
ARIANE CRISTINA BEZERRA SILVA MARTINS 1, SILVANA CARVALHO CORNÉLIO LIRA1, MONICA RITA DA SILVA SIMPLICIO1, MORGANA CRISTINA LEÔNCIO LIMA1, ANA SOFIA PESSOA DA COSTA CARRARINE1, ELIANE GERMANO1, JAILSON DE BARROS CORREIA 1, MARIA EDUARDA MORAIS LINS1, AMANDA QUEIROZ TEIXEIRA1, THAÍS PATRÍCIA DE MELO BANDEIRA1
1. SESAU - Secretaria de Saúde do Recife, 2. FENSG - UPE - Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças - Universidade de Pernambuco
acbsmartins@gmail.com

A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, sendo um relevante problema de saúde pública, com magnitude mundial. Um desafio ao controle da tuberculose atualmente, é a resistência medicamentosa ao esquema básico preconizado no controle da tuberculose. A ocorrência da tuberculose resistente (TB DR), em geral, está associada a falhas no tratamento. Desde 2015 foi implantado pelo Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas-SANAR Recife e Programa Municipal de Controle da Tuberculose o monitoramento sistemático dos casos de tuberculose resistente notificados no Sistema de Tratamentos Especiais da Tuberculose (SITE TB), com objetivo de acompanhar os casos e promover ações de vigilância e atenção em saúde ao controle do agravo. Estudo descritivo do tipo relato de experiência. Os dados dos casos de tuberculose resistente são consultados semanalmente no SITE TB pela equipe do Programa Municipal de Tuberculose e Programa SANAR Recife, sendo inseridos em planilhas de acompanhamento no formato Excel 97-2003, subdivididas pelos 8 distritos sanitários (DS) que compõem a organização político-administrativa do território para o setor saúde. A planilha de monitoramento é enviada ao coordenador distrital para monitoramento e acompanhamento dos casos junto às equipes de saúde da rede municipal. O consolidado dos dados e análise crítica das informações é realizado mensalmente. Esta análise subsidia o planejamento das intervenções como: visitas domiciliares, reunião com profissionais da unidade de saúde para discussão dos casos e identificação de casos a serem discutidos nas reuniões com a rede terciária. Foram realizadas até o momento, 61 visitas domiciliares e em unidades de saúde e 17 reuniões de discussão de casos com a rede de atenção básica e referências terciárias.  A TB DR no Recife permanece como um desafio ao controle da doença. O paciente resistente tem maior dificuldade de adesão ao tratamento acabando por transmitir a forma resistente, sendo de suma importância ações de enfrentamento para o manejo adequado do cuidado e vigilância dos casos. Dessa forma, as atividades de monitoramento permanente e de forma compartilhada com todos os níveis de complexidade da atenção à saúde, fortalece a parceria com os diversos atores envolvidos no processo, intensificando o acompanhamento integral, fortalecimento de vínculos e contribuindo para quebra da cadeia de transmissão da tuberculose resistente no município.



Palavras-chaves:  Monitoramento Epidemiológico, Tuberculose, Tuberculose Resistente a Múltiplos Medic, Vigilância em Saúde Pública, Sistemas de Informação em Saúde