AVALIAÇÃO DA PERSISTÊNCIA DE TRÊS LARVICIDAS EMPREGADOS NO CONTROLE DO Aedes aegypti (DIPTERA:CULICIDAE) EM ARAPIRACA, NORDESTE DO BRASIL
QUESIA SANTOS AMORIM MARTINS 1, LUIZ GUILHERME SOARES DA ROCHA BAUZER1, IMA APARECIDA BRAGA1, JOSÉ BENTO PEREIRA LIMA1
1. FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz, 2. IBEX - Instituto de Biologia do Exército, 3. CGPNCD/MS - Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue, 4. SMS/SDP - Secretaria Municipal de Saúde de São Domingos do Prata
quesiamorim90@hotmail.com

O controle químico do mosquito Aedes aegypti é um grande desafio mundial, uma vez que diversas populações desse mosquito já estão resistentes a inseticidas tradicionais, como o temephos. No Brasil, larvicidas alternativos como o Bti e o pyriproxyfen têm sido utilizados mais recentemente. Neste estudo avaliamos a persistência do pyriproxyfen (Sumilarv), de duas formulações comerciais do Bti (Vectobac WDG e Vectobac G), e do temephos (Fersol 1 G), em condições de campo e de simulado de campo. Os testes de campo foram realizados em três bairros da cidade de Arapiraca, estado de Alagoas, Brasil, onde possíveis criadouros foram identificados e tratados com os diferentes larvicidas. A positividade de larvas nos criadouros tratados foi verificada semanalmente por oito semanas consecutivas. No simulado de campo, os larvicidas foram aplicados em baldes plásticos de 50L (posicionados em área sombreada ou expostos ao sol) e em caixas d’água tampadas com capacidade para 300L. A persistência foi avaliada por oito semanas. Semanalmente, eram adicionadas 50 larvas de terceiro instar de Ae. aegypti e verificada a mortalidade das larvas ou a inibição de emergência de adultos . Os tratamentos foram realizados em triplicata e no controle não foi adicionado larvicida. Nos testes de campo as duas formulações de Bti apresentaram menor persistência que os larvicidas temephos e Sumilarv, tanto nos recipientes localizados na sombra quanto naqueles expostos ao sol. No simulado de campo o temephos e as formulações de Bti apresentaram alta persistência quando aplicados na caixa d’água e em depósitos posicionados na sombra. Já nos recipientes expostos ao sol a persistência desses produtos foi menor. O Pyriproxyfen apresentou menor persistência quando comparado aos demais larvicidas, contudo foi o que apresentou melhor desempenho nos recipientes expostos ao sol. Pudemos concluir neste estudo que as duas formulações de Bti (Vectobac G e Vectobac WDG) são afetadas pela exposição ao sol. Já o pyriproxyfen Sumilarv não se mostrou sensível à radiação solar, indicando que este seria o melhor larvicida a ser aplicado em criadouros expostos ao sol.

 

 



Palavras-chaves:  Aedes aegypti, controle, larvicida