RECORTE EPIDEMIOLÓGICO DA COINFECÇÃO TB-HIV NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL (2013-2017)
GILSON NOGUEIRA FREITAS 1, MEYKSON ALEXANDRE DA SILVA1, KATIA CAROLA SANTOS SILVA1, JOSÉ RIVALDO DE LIMA 1, SIDIANE BARROS DA SILVA1, GISLAINY THAIS DE LIMA LEMOS1, ANDERSON ALVES DA SILVA BEZERRA1, DAYANA CECÍLIA DE BRITO MARINHO1, ISABELA LEMOS DA SILVA1, RAQUEL DA SILVA CAVALCANTE 1, LARISSA FARIAS BOTELHO1, HEMELLY RAIALLY DE LIRA SILVA1, NÍVEA ALANE DOS SANTOS MOURA1, MARIANA BOULITREAU SIQUEIRA CAMPOS BARROS1
1. UFPE/CAV - Universidade Federal de Pernambuco/Centro Acadêmico de Vitória, 2. UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco
gilsonnogueira10@gmail.com

Na infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) o indivíduo se torna susceptível às infecções oportunistas, entre elas destaca-se a Tuberculose (TB). A coinfecção TB/HIV é responsável pela elevada morbidade e mortalidade dos pacientes imunodeprimidos, portanto um grave problema de saúde pública. A pesquisa tem como objetivo traçar o perfil epidemiológico da coinfecção TB/HIV, na região Nordeste do Brasil. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa a partir de dados obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis no DataSUS, nos quais foram selecionadas as variáveis: HIV, Região Nordeste e o período de 2013 a 2017. Foram constatados 108.670 casos de Tuberculose. Quanto a abordagem da sorologia para o HIV: 57% negativos, 9% positivos, 0,12% ignorados e 5,5% estavam em andamento.  Dos casos diagnosticados com TB, 3% não realizam a sorologia para o HIV, em números absolutos tem-se 8205 na Bahia, 7741 em Pernambuco, 5806 no Ceará, 2413 no Maranhão, 1777 no Rio Grande do Norte, 1642 em Alagoas, 1254 na Paraíba, 1117 no Piauí e 907 em Sergipe. Evidencia-se que ocorreu um elevado número de pacientes que não realizaram sorologia para o HIV, demonstrando que o acompanhamento e assistência apresentam fragilidade em relação à realidade dos dados encontrados quanto à coinfecção, o que leva a subnotificação e mascaramento dos dados reais. Embora o percentual de casos TB/HIV notificado tenha sido baixo, se observado isoladamente, a quantidade de casos HIV positivos portadores de tuberculose preocupam, pois trata-se de uma das principais causas de morte em pacientes com HIV e ainda se configura como um dos critérios para a definição da AIDS. A coinfecção TB/HIV é uma doença, cuja sua etiologia está correlacionada a fatores sociais, portanto, as medidas de prevenção e assistência devem ser intersetoriais, envolvendo ações sociais e o setor de saúde, responsável por medidas prevenção e fortalecimento da assistência, identificando áreas prioritárias e propondo ações cabíveis, conforme cada realidade.



Palavras-chaves:  Coinfecção , Epidemiologia, HIV , Tuberculose