ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DA ESTRONGILOIDÍASE NA CIDADE DE JOÃO PESSOA – PARAÍBA
KARLA CRISTINA DE CARVALHO PEREIRA1, CLARA CAROLINA BARBOSA DE MEDEIROS1, CLÉLIA DE ALENCAR XAVIER MOTA1, LAIS DE LIMA RIBEIRO1, MORGAN DELMONDES DANDA CARDOSO1, JOSÉ VALDILÂNIO VIRGULINO PROCÓPIO1
1. FAMENE - Faculdade de Medicina Nova Esperança, 2. FCM-PB - Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
karlinhacarvalhopereira@gmail.com

INTRODUÇÃO: O Strongyloides stercoralis é um nematódeo intestinal que causa a estrongiloidíase, doença geralmente assintomática em imunocompetentes, entretanto pacientes com a imunidade comprometida podem ser afetados com extrema gravidade, gerando casos de hiperinfecção, em que as larvas filaroides invadem maciçamente a parede intestinal alcançando os pulmões ou até mesmo todo o organismo. Sabe-se que o risco de infecção é proporcional a higiene do indivíduo, podendo ser transmitido de três formas, através da heteroinfecção, autoinfecção interna ou autoinfecção externa. OBJETIVO: Avaliar a prevalência da estrongiloidíase na cidade de João Pessoa – Paraíba. DESENHO DE ESTUDO: Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal e retrospectiva com aspecto descritivo e qualitativo. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa acerca da prevalência da parasitose em crianças de 0 a 12 anos nos anos de 2011 a 2015 no município de João Pessoa – PB. Os dados, após a aprovação do Comitê de Ética sob parecer de número 15.628, foram coletados através de exames coproparasitológicos presentes no Laboratório Central de Saúde Pública do Município de João Pessoa, e foram analisados através de um programa específico para estudo epidemiológico (IBM SPSS-Statistic - Versão 23). RESULTADOS: Após análise de 50.933 laudos coproparasitológicos, foram detectados 15.633 indivíduos com algum tipo de helminto, sendo 56 o número de portadores do S. stercoralis, ou seja, 0,36%, caracterizando uma baixa prevalência. O número de infectados por helmintos em geral foi maior na faixa etária correspondente a mais baixa (0 a 4 anos), totalizando 5.821 casos, representado por 37,24%. Ao analisar por idade, observou-se um aumento na prevalência da infecção por helmintos ao longo dos anos em ambos os sexos, exceto no ano de 2015, no sexo masculino, que houve um decréscimo. DISCUSSÃO: A faixa etária mais acometida foi entre 0 e 4 anos e com o passar dos anos houve um decréscimo da prevalência, exceto em 2015 no sexo masculino, podendo ser explicado pelo fato destas terem mais contato com o solo contaminado. CONCLUSÃO: A estrongiloidíase é uma parasitose comum em países tropicais e com sistema de saneamento básico deficiente, associada a maus hábitos de higiene. Apesar da baixa prevalência, é necessária a realização de campanhas educativas no que diz respeito à higiene, a fim de evitar casos de estrongiloidíase, especialmente os graves



Palavras-chaves:  Estrongiloidíase, Strongyloides stercoralis, Promoção da saúde