TRANSMISSÃO DE DOENÇA DE CHAGAS ATRAVÉS DE ALIMENTOS: UMA REVISÃO.
ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA 1, ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACÊDO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. CESMAC - Centro Universitário Cesmac
alyne_suellen@hotmail.com

A Doença de Chagas (DC), ou tripanossomíase americana, é uma antropozoonose causada por um protozoário flagelado, o Trypanosoma cruzi . No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, calcula-se em cerca de 2,5 a 3 milhões o número de infectados. Essa parasitose constitui um dos mais graves problemas de saúde pública em todo o continente americano, em virtude de sua alta prevalência e expressiva morbidade e mortalidade. Existem diversas formas de transmissão, dentre elas, a transmissão oral tem sido associada a surtos de DC, mais frequentemente nesta última década, sendo registrada principalmente na Amazônia Brasileira, ligados à ingestão de alimentos diversos como polpa de açaí e caldo de cana-de-açúcar. Este trabalho teve por objetivo analisar a transmissão de Doença de Chagas através de alimentos. Trata-se de uma revisão integrativa a partir de 5 estudos publicados na base de dados US Nacional Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed) , e Scientific Electronic Library Online (Scielo) , correspondendo ao período de 2005-2015. Foram utilizados descritores como: ‘Chagas Disease’, ‘Prevention’ e ‘Transmission’. O primeiro caso de infecção humana por DC através da via oral foi registrado na Argentina, em 1936, através da ingestão do leite materno. No Brasil, dentro e fora da região amazônica, muitos casos de Doença de Chagas Aguda têm sido registrados em forma de surto. O mecanismo de transmissão mais aceito é a contaminação por fezes de triatomíneos no fruto ou por insetos inadvertidamente esmagados enquanto o fruto está sendo processado. Nesse processo, o Trypanosoma cruzi pode permanecer viável, principalmente se o suco não for submetido à pasteurização . Por isso, é importante chamar a atenção para algumas estratégias de higiene as quais podem prevenir novos surtos agudos da doença, como por exemplo, estabelecer critérios de seleção dos alimentos que podem veicular o parasito, tratar e cozinhar adequadamente as carnes (caças) provenientes de áreas endêmicas ou mesmo consumir sucos de açaí sabidamente pasteurizados e caldo de cana proveniente de ambientes devidamente higienizados.



Palavras-chaves:  doença de chagas, prevenção, transmissão