ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE HEPATITES VIRAIS NO NORDESTE BRASILEIRO, DE 2014 A 2017.
ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA1, ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACÊDO1, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE1, ANDREZA DIONISIO FRANCELINO1, CHRISTIANE LIMA MESSIAS1, KAMILLA PEIXOTO BANDEIRA1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. CESMAC - Centro Universitário Cesmac
alyne_suellen@hotmail.com

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no mundo e no Brasil. Os agentes etiológicos que causam hepatites virais mais relevantes do ponto de vista clínico e epidemiológico são o vírus A, vírus B, vírus C, vírus D e vírus E. Estes vírus têm em comum a predileção para infectar os hepatócitos. Entretanto, divergem quanto às formas de transmissão e consequências clínicas advindas da infecção. Este trabalho teve por objetivo analisar os aspectos epidemiológicos das Hepatites Virais no Nordeste Brasileiro, do ano de 2014 a 2017. Trata-se de um estudo ecológico, transversal, quantitativo, realizado com dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), a partir dos dados encontrados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde ( DATASUS). Utilizou-se as seguintes variáveis para os casos confirmados: Unidade Federativa (UF) de notificação, sexo, faixa etária, forma clínica, classificação etiológica e fonte de infecção. Foram registrados no período de 2014 a 2017 no Nordeste Brasileiro, 15.662 casos totais de infecção por hepatites virais. Os estados com maiores percentuais foram Bahia, seguido por Pernambuco e Ceará, com 34,89%, 18,33% e 10,03% respectivamente. Quanto ao sexo, há uma prevalência maior no masculino, com 53,01% dos casos. Em relação a faixa etária, há um predomínio dos 40-59 anos. Sobre a forma clínica, 60,19% dos casos foram notificados como crônica/portador e, 29,79% como aguda. Dos pacientes analisados, de acordo com a classificação etiológica, a mais prevalente foi a Hepatite B, seguida de C e A com 37,52%, 33,52% e 19,81%, respectivamente. Ademais, a respeito da fonte de infecção, 14,53% foi transmitida através de alimento/água e 12,18% por via sexual. A maior fonte de transmissão notificada na Região Nordeste foi a oral-fecal a qual possui mecanismo ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. Isso demonstra que é preciso melhorar o saneamento básico não só do Nordeste, mas sim do país. Além disso, o diagnóstico preciso e precoce desses agravos permite um tratamento adequado e impacta diretamente a qualidade de vida do indivíduo, sendo ainda um poderoso instrumento de prevenção de complicações mais frequentes como cirrose avançada e câncer hepático.



Palavras-chaves:  epidemiologia, hepatite, transmissão