ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV NO ESTADO DE ALAGOAS, DE 2014 A 2017.
ALYNE SUELLEN SILVA PEDROSA 1, DANIELLE KARLA ALVES FEITOSA1, ISIS HOLANDA PINHEIRO VILELA1, JAIANE MARIA DE BRITO NOBRE1, RODRIGO CARVALHO DE OLIVEIRA MACÊDO1, CHRISTIANE LIMA MESSIAS1, ANDREZA DIONISIO FRANCELINO1, MATHEUS SOARES BARACHO RAMOS1, JOÃO ANCELMO DOS REIS NETO1, KAMILLA PEIXOTO BANDEIRA1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. CESMAC - Centro Universitário Cesmac
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A Tuberculose é uma das patologias mais antigas que se tem registro no mundo, sendo transmitida pelos bacilos do Mycobacterium Tuberculoses (MTB). O HIV/AIDS, por sua vez, é uma epidemia moderna que emergiu no século passado. Juntas, constituem uma das coinfecções mais prevalentes encontradas no Brasil. Este trabalho teve por objetivo analisar os aspectos epidemiológicos da coinfecção Tuberculose/HIV no estado de Alagoas, no ano de 2014 a 2017.  Trata-se de um estudo ecológico, transversal, quantitativo, realizado com dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), a partir dos dados encontrados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde ( DATASUS). Utilizou-se as seguintes variáveis para os casos confirmados: sexo, faixa etária, formas de infecção, pacientes com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), situação final dos pacientes e número de óbitos. Foram registrados no período de 2014 a 2017 no estado de Alagoas, 4.710 casos totais de infecção por Tuberculose dos quais 304 pacientes evoluíram para óbito. Quanto ao sexo há uma prevalência maior no masculino, com 63,67% dos casos. Já em relação a faixa etária, há um predomínio dos 30 aos 39 anos. A forma pulmonar foi a mais prevalente com 4.068 casos. Dos pacientes analisados com tuberculose, 521 eram HIV positivos, desses, 91,17% desenvolveram a AIDS. Ademais, 2.430 pacientes evoluíram para cura e 461 abandonaram o tratamento. Conclui-se, que a coinfecção entre o MTB e o HIV constitui um agravo importante na saúde pública e contribui no aumento dos índices de morbimortalidade por Tuberculose mais do que somente a infecção pelo HIV. Este agravo é determinado pela capacidade que o vírus possui em favorecer o risco da progressão da infecção latente pelo MTB e a infecção ou reinfecção precoce pela doença ativa, aumentando de 20 a 37 vezes o risco do adoecimento de pessoas vivendo com HIV em comparação com aquelas que não têm o vírus , devido a diminuição da imunidade. No estado de Alagoas, os números de coinfecção Tuberculose/HIV são elevados e a quantidade de abandono ao tratamento também, podendo aumentar a resistência dos pacientes aos antibióticos. Ademais, conhecer o perfil destes pacientes, é de fundamental importância para orientação das políticas públicas de combate a coinfecção Tuberculose/HIV.



Palavras-chaves:  coinfecção, HIV, tuberculose