CHLAMYDIA TRACHOMATIS: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS NO NORDESTE E SUAS IMPLICAÇÕES NA REPRODUÇÃO HUMANA NO SEXO FEMININO
EDMILSON MARIANO DE SOUSA JÚNIOR 1, ALICIA REGINA DE OLIVEIRA SILVA1, ANDRÉ VICTOR BARBOSA JULIÃO1, ATAF HUSSAYN PEREIRA OLIVEIRA1, BEATRIZ ALVES GOMES1, HEMANUELY MARIA BEZERRA FONTES1, JOSÉ AGOSTINHO ALVES PEREIRA FILHO1, JOÃO VICTOR BEZERRA GONÇALVES MELO1, KARLLA MAYARA NUNES DE SOUSA1, LARISSA KARINE BARBOSA1, MARIANA EMILY MONTEIRO MARQUES1, SHAMARA ELOI ALVES1, AGENOR TAVARES JÁCOME JÚNIOR1
1. ASCES-UNITA - Associação Caruaruense em Ensino Superior Centro Universitário Tabosa de Almeida
edmilsonjr355@gmail.com

Muito se tem discutido, atualmente, sobre o controle das doenças sexualmente transmissíveis (DST´S) no mundo. Entre as infecções mais comuns está à clamídia, uma bactéria gram-negativa que seu agente transmissor é a Chlamydia trachomatis e caracteriza-se por uma doença infecto-contagiosa que pode atingir homens e mulheres sexualmente ativos e nas mulheres pode se manifestar de forma assintomática. No entanto, deve se salientar que não há registro de casos de clamídia congênita (transmissão vertical, da mulher grávida para o feto). Entretanto, mães infectadas podem contaminar seus filhos no momento do parto, que podem contrair conjuntivite (oftalmia neonatal) ou mesmo pneumonia. Além disso, partos prematuros podem ocorrer. O objetivo desse estudo é relatar os aspectos epidemiológicos no nordeste e as implicações da clamídia na reprodução humana na mulher. Trata-se de uma revisão de literatura, na qual se utilizou os bancos de dados SciELO e Ministério da Saúde como fonte de consulta, onde foram analisados artigos e documentos oficiais no idioma português dos anos de 2008 a 2017, sendo que os de menor relevância foram descartados. No organismo feminino, a infecção clamidial é observada em idade fértil e sexualmente ativa. Os sinais e sintomas aparecem em uma pequena proporção de mulheres infectadas. O risco maior para esse gênero se dá com a progressão da infecção que atinge o endométrio levando à endometrite, salpingite nas tubas de Falópio e peritonite, quando a infecção atinge o peritônio pélvico. Sendo assim, desenvolvem um risco de 10 a 20% de infertilidade. Investigações epidemiológicas sobre a infecção por C. trachomatis e sua manifestações são realizadas em todo o mundo. No Brasil, um estudo realizado na região nordeste no de 2008 até 2017, com uma amostra de 2448 mulheres com lesões cervicais no colo uterino, mostrou uma prevalência de clamídia de 20,58%, da qual dessas 19,8% desenvolveram a infertilidade. Portanto, em decorrência desses aspectos, a Chlamydia trachomatis ainda representa um grave problema de saúde pública na região nordeste do Brasil e no mundo, visto que, a bactéria acomete o sexo feminino causando severos danos que levam a infertilidade.



Palavras-chaves:  Clamídia, Sexo feminino, Aspectos epidemiológicos